Olha, olha, Costa e Marcelo renderam-se à TINA

Não deixa de ter graça este súbito amor assolapado pela TINA 2020, com São Bento e Belém a declararem em uníssono que o chumbo do Orçamento do Estado teria consequências políticas desastrosas para o país.

Lembram-se da TINAThere Is No Alternative? Foi uma das expressões-fetiche dos tempos da troika. Nessa época, muitos defendiam (eu era um deles) que, estando o país a um passo da bancarrota, a única coisa que o Governo de Passos Coelho podia fazer era cumprir o memorando da troika, conseguir uma saída limpa e livrar-se da sua condição de “protectorado”, como lhe chamava Paulo Portas. A não ser que Portugal embarcasse na loucura de romper com a União Europeia e avançasse para um corte unilateral de dívida (um suicídio político e económico), então era inevitável obedecer aos ditames dos credores, como sempre acontece com todos os falidos, sejam eles países ou pessoas. Donde, TINA.

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