GNR apreende cerca de 23 mil pés de cannabis, a “maior” apreensão em Portugal e “uma das maiores da Europa”

GNR apreende cerca de 23 mil plantas em Santarém após investigação.

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Sérgio Azenha

A GNR apreendeu cerca de 23 mil pés de cannabis na segunda-feira, no concelho de Almeirim, em Santarém, no âmbito de uma investigação por crime de extorsão, que durava há cerca de um mês, anunciou nesta terça-feira aquela força policial.

Em comunicado, o Comando Territorial de Santarém informou que os suspeitos estavam “ligados a outras acções ilícitas, como a plantação, cultivo e venda de plantas de cannabis”.

A 1 de Setembro, um homem de 35 anos foi detido e outro, de 50 anos, foi constituído arguido por tráfico de droga, adiantou a GNR.

De acordo com as autoridades, a apreensão dos 23 mil pés de cannabis com um peso de 14 toneladas, através do Posto Territorial de Almeirim e do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Santarém, corresponde à “maior alguma vez feita em Portugal e uma das maiores na Europa”.

No decorrer das diligências policiais, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em duas empresas detentoras de terrenos agrícolas e estufas.

Além das plantas de cannabis, foram também apreendidos 17 sacos de cannabis com 91 quilogramas, oito recipientes com material de cultivo e fertilizantes, dois rolos de rede plástica para secagem de plantas, um telemóvel, um computador portátil, um atomizador mecânico para aplicar produtos com finalidade farmacêutica, um conjunto de rega e um distribuidor de adubos.

A GNR adiantou que os factos foram remetidos ao Tribunal de Judicial de Santarém.

A operação policial ocorreu nos concelhos de Almeirim e Salvaterra de Magos, estando empenhados militares do Posto Territorial de Almeirim, do NIC de Santarém, da Secção de Informações e Investigação Criminal, do Destacamento de Intervenção, do Destacamento Trânsito e do Pelotão de Apoio de Serviços, contando ainda com o reforço da Unidade de Apoio Geral da GNR.

Apreensão de 4,5 toneladas de haxixe no porto de Quarteira

Também a Polícia Marítima anunciou, nesta terça-feira, a apreensão de 4,5 toneladas de haxixe e a detenção de dois homens no porto de pesca de Quarteira, concelho de Loulé, informou fonte da Autoridade Marítima Nacional.

Em comunicado, a mesma fonte adianta que foram apreendidos 133 fardos com mais de 4500 quilogramas de estupefacientes e detidos dois homens, sendo que os restantes elementos que se encontravam no local se colocaram em fuga.

“O alerta foi recebido através da segurança do porto de Quarteira, tendo a Polícia Marítima deslocado de imediato meios para o local, onde interceptou uma embarcação de pesca com estupefacientes a bordo, tendo ainda detectado e interceptado dois indivíduos, de nacionalidade espanhola”, lê-se na nota.

Após a apreensão, foi contactada a Polícia Judiciária (PJ), que se deslocou ao local para recolher indícios. A Polícia Marítima entregou à PJ a droga e a embarcação apreendidas, bem como os dois elementos detidos durante a acção. A operação contou com o apoio terrestre de elementos da GNR local.

Haxixe retirado do rio Guadiana sobe para 2,5 toneladas

Nesta terça-feira, a GNR informou também que a quantidade de haxixe apreendido no domingo, no rio Guadiana, depois de ter sido atirado à água, subiu para 2,5 toneladas, na sequência de novas buscas realizadas na segunda-feira por esta força policial.

Em comunicado, a Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR adianta que, dadas as “melhores condições de visibilidade, foram destacadas diversas equipas marítimas e terrestres” com o objectivo de localizar mais fardos de haxixe.

“Findo mais um período de buscas, os militares da Guarda apreenderam mais 31 fardos de produto estupefaciente, perfazendo um total de 76, que correspondem a mais de 2500 quilos de haxixe”, precisa a GNR em comunicado.

O subdestacamento da UCC da GNR de Vila Real de Santo António informou na segunda-feira que tinha apreendido no dia anterior, no rio Guadiana, 1,8 toneladas de haxixe atiradas à água por uma embarcação rápida que fugiu para mar alto.

Segundo explicou à agência Lusa o comandante do Destacamento de Controlo Costeiro de Olhão, Nuno Marinho, “a embarcação encetou a fuga a alta velocidade na direcção sul, para mar alto” e, apesar de ter sido feita uma perseguição, não foi possível abordá-la.

A droga estava a ser transportada por uma embarcação que levantou suspeitas e foi depois atirada à água pelos seus tripulantes, quando se aperceberam da presença da força policial. Perante as suspeitas, os militares iniciaram o “acompanhamento contínuo dos movimentos da embarcação” e activaram uma equipa marítima para proceder à sua intercepção.

Quando se “aperceberam da presença da embarcação da GNR”, os tripulantes iniciaram uma “fuga de imediato, lançando os fardos de haxixe borda fora”, acrescentou a unidade da GNR que faz a vigilância marítima e fluvial. A PJ prosseguirá “com as diligências de investigação”.

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