Trump visita Kenosha para apoiar as polícias locais. “É terrorismo doméstico”

Presidente dos EUA acusou a “extrema-esquerda” de promover uma retórica anti-policial durante a visita.

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Trump diz que os protestos em Kenosha foram actos de terror LEAH MILLIS/Reuters

O Presidente dos Estados Unidos visitou Kenosha, no estado do Wisconsin, esta terça-feira, para defender as forças policiais na região, ignorando os pedidos do governador da cidade para se manter afastado devido aos protestos recentes contra a agressão policial ao afro-americano Jacob Blake.

Durante a visita, Donald Trump passou por uma loja de mobília destruída durante os protestos, por um centro de comando provisório e pelo ginásio de uma escola secundária.

“Os motins e manifestantes violentos destruíram pelo menos 25 pequenos negócios, demoliram prédios e atiraram tijolos à polícia. Isto não são actos de protesto pacífico”, disse o Presidente na escola secundária. As imagens desta visita foram utilizadas num vídeo a promover a visita que foi partilhada nas redes sociais. “É terrorismo doméstico”, diz Trump.

“Políticos imprudentes de extrema-esquerda continuam a promover a mensagem destrutiva de que a nossa nação e as nossas forças policiais são opressivas e racistas”, acusa Trump no vídeo. “Só que a grande maioria dos agentes da lei são funcionários públicos honrados, devotos e corajosos.”

Para reforçar a ideia, Trump prometeu apoiar a polícia de Kenosha com um milhão de dólares. Uma decisão que contrasta com repetidos pedidos de manifestantes em todo o país para que as forças policiais sejam desmanteladas e reestruturadas e que os fundos a elas destinados passem para outros programas.

“Para travar a violência política, temos de confrontar a ideologia de raça”, argumentou o Presidente. “Temos de condenar a perigosa retórica anti-policial.”

O Presidente dos EUA também prometeu financiar pequenos negócios em Kenosha com quatro milhões de dólares e apoiar a segurança pública do estado do Wisconsin com 42 milhões de dólares.

Trump não visitou a família de Jacob Blake, o norte-americano que ficou paralisado da cintura para baixo depois de um polícia ter disparado sete vezes na sua direcção no passado dia 23 de Agosto.

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