CDS defende que famílias escolham entre regresso à escola ou aulas à distância

Francisco Rodrigues dos Santos considera “inaceitável” que o Governo não dê orientações sobre regresso às aulas.

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Líder do CDS lembra que o Governo prometeu 400 milhões em equipamentospara as escolas LUSA/CARLOS BARROSO

O líder do CDS-PP defende que deve caber às famílias escolher se o seu educando “volta fisicamente à escola ou se frequentará as aulas por via digital”. Francisco Rodrigues dos Santos critica o Governo por não dar orientações sobre o regresso às aulas previsto para meados de Setembro e as condições de segurança nas deslocações dos estudantes.

“Nenhuma família portuguesa sabe quais são as regras para o próximo ano escolar. A incerteza e o receio, esses sim, são a verdadeira situação de contingência em que o Governo mergulhou o país”, afirmou o líder do CDS, em declarações gravadas em vídeo e enviadas às redacções. Rodrigues dos Santos considera “inaceitável que o Governo continue sem explicar como se vai processar o regresso às aulas presenciais, quais as condições de segurança previstas para as mesmas e para as deslocações dos alunos, bem como se podem compatibilizar com as dos trabalhadores nos transportes públicos”.

O CDS defende que devem ser as famílias a decidir como preferem o regresso às aulas, mas alerta que a medida exige “os necessários recursos tecnológicos para que cada aluno possa ter aulas em sua casa”. “O Governo anunciou em Junho um pacote de 400 milhões, que previa a distribuição de equipamentos por alunos, mas até agora nada se viu”, aponta.

Francisco Rodrigues dos Santos defende também o princípio da liberdade de escolha no regresso às aulas não só entre a presença física e o acompanhamento digital mas também na opção do estabelecimento de ensino, sustentando a celebração de protocolos de parceria com o sector particular e cooperativo para aumentar a oferta disponível.

Nesta quinta-feira, no briefing após o Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva disse que as novidades sobre o regresso às aulas deverão ser conhecidas nos próximos dias, quando terminarem as reuniões do Ministério da Educação com os agrupamentos escolares. É preciso desenhar respostas para lidar com o surgimento de casos em contexto escolar. “É mais sobre esta dimensão que ainda há trabalho a fazer com as autoridades de saúde”, adiantou ainda a ministra do Estado e da Presidência.

Mais tarde, questionada pelo PÚBLICO sobre o documento que vai definir a actuação nas escolas perante casos de infecção por covid-19, a Direcção-Geral da Saúde respondeu apenas: “O documento, em análise, estará terminado brevemente.”

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