A nobreza do peixe sustentável

Biodiversidade é a grande riqueza do mar português. Contudo, a procura de peixe centra-se num número reduzido de espécies – e assenta na ideia de que há peixes nobres e os que restam são pobres. É tempo de mudar de paradigma.

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NELSON GARRIDO
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RUI GAUDÊNCIO
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Os portugueses são loucos por peixe fresco e conservas. Os restaurantes exibem com orgulho exemplares XL de robalos, douradas, pregados, linguados, salmonetes, chernes, imperadores e outros que tais. Na agenda dos eventos gastronómicos, o peixe é figura de cartaz do Minho ao Porto Santo. E os nutricionistas, de mãos dadas com os ambientalistas, não se cansam de dizer que temos de substituir a carne por peixe. Tudo isto num país que, segundo o Joint Research Center, ocupa o terceiro lugar no ranking mundial do consumo per capita de peixe (61,5 kg), só ultrapassado pela Noruega (66,6 kg) e pela Coreia do Sul (78,5 kg). Mas vamos às perguntas que se impõem. Os oceanos aguentam tanto apetite por peixe? A sociedade está consciente do problema grave de sustentabilidade da vida marinha? Os estados da União Europeia (UE) estão a adoptar estratégias para impedir a destruição dos recursos piscícolas? As respostas são à moda do senhor de La Palice: Um “não” firme às duas primeiras perguntas e um “sim”, mas por vezes pálido, à terceira.

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