Vitalina Varela de Pedro Costa na selecção para Prémios do Cinema Europeu

Em Setembro será desvendada a segunda parte das obras seleccionadas, o que vai permitir a inclusão de filmes cuja estreia em sala foi afectada pela pandemia de covid-19.

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Vitalina Varela, presença imponente no cinema de Pedro Costa dr

O filme Vitalina Varela, de Pedro Costa, está entre as obras seleccionadas para os Prémios do Cinema Europeu, anunciou esta terça-feira a organização do concurso, que este ano terá a selecção revelada em dois momentos.

As 32 longas-metragens que compõem a primeira parte do anúncio foram conhecidas esta terça-feira, enquanto, em Setembro, será desvendada a segunda parte, o que vai permitir a inclusão de filmes cuja estreia em sala foi afectada pela pandemia de covid-19.

Os filmes seleccionados vão constituir a lista de obras “recomendadas para uma nomeação aos Prémios do Cinema Europeu 2020”, segundo comunicado da organização.

“Nas próximas semanas, os mais de 3800 membros da Academia do Cinema Europeu vão ver os filmes seleccionados e, depois do anúncio da segunda parte, votar para as nomeações nas categorias de melhor filme, realizador, actor, actriz e argumento europeu”, pode ler-se no comunicado. A 7 de Novembro serão reveladas as nomeações.

Os vencedores destas categorias, a par das técnicas, vão ser conhecidos no dia 12 de Dezembro.

O mais recente filme de Pedro Costa está entre os 32 trabalhos seleccionados, a par de nomes como Berlin Alexanderplatz, de Burhan Qurbani, que conta com o luso-guineense Welket Bungué no elenco, Falling, de Viggo Mortensen, The Personal History of David Copperfield, de Armando Iannucci, e Undine, de Christian Petzold, entre outros.

Vitalina Varela teve estreia mundial em Agosto do ano passado no Festival de Cinema de Locarno, na Suíça, onde arrecadou os principais prémios: Leopardo de Ouro e Leopardo de melhor interpretação feminina.

Desde então, tem sido exibido e tem recebido vários prémios em diversos festivais internacionais de cinema.

O filme conta a história de uma mulher que viveu grande parte da vida à espera de ir ter com o marido, Joaquim, emigrado em Portugal. Sabendo que ele morreu, Vitalina Varela chegou a Portugal três dias depois do funeral.

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