Operações com drones da Força Aérea para vigilância de incêndios estará atrasadas dois meses

Governo anunciou operações com a aeronaves para o dia 1 de Junho. Militares não assumem atraso e dozem que drones já estão a operar.

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Drones para prevenir incêndios ainda não estão operacionais Anna Costa / PUBLICO

A Força Aérea ainda não tem operacionais os drones de vigilância a incêndios que, segundo o Governo anunciou, estariam a funcionar a 1 de Julho, segundo revelou nesta segunda-feira o Diário de Notícias (DN). Os militares, por sua vez, não assumem nenhum atraso e apontam o final deste mês como a data para as 12 aeronaves entrarem ao serviço.

Trata-se de um investimento de 4,5 milhões de euros que, de acordo com o que o ministro do Ambiente e da Transição Energética, Matos Fernandes, anunciou em meados de Maio, deveria garantir que as operações arrancassem no início de Julho. Esse objectivo foi confirmado por resolução do Conselho de Ministros igualmente em Maio.

Só que, até agora, os drones ainda não ainda não voaram, diz o DN. Os ministros da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que tutela a Força Aérea, e o do Ambiente remetem para os militares as explicações para este atraso.

Os responsáveis pela Força Aérea, questionados pelo DN, não assumem qualquer atraso e indicam o final deste mês para iniciarem as operações de vigilância aos incêndios com drones.

Entretanto, na tarde desta segunda-feira, a Força Aérea publicou o seguinte texto na sua conta oficial no Twitter: “A Força Aérea realizou, na última semana, o transporte urgente de 10 doentes e esteve empenhada em nove missões de apoio ao combate a incêndios, cinco das quais pelos novos Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas (UAS).”

Segundo informação divulgada à comunicação social no passado dia 4 deste mês, a Força Aérea afiançava que, nessa data, prosseguiam “as actividades planeadas de formação e entrega dos equipamentos”, acrescentando: “durante esta fase, desenrola-se o processo de aceitação, certificação e testes necessários para iniciar a implementação operacional nas três bases de operação: Lousã, Macedo de Cavaleiros e Fóia”.

Nesse dia, os ministros do Ambiente e da Defesa, numa visita ao Destacamento de Sistemas Aéreos não Tripulados da Força Aérea, instalado no aeródromo da Chã do Freixo, no concelho da Lousã, distrito de Coimbra, disseram confiar à Força Aérea a missão de operar este tipo de meios aéreos para ajudar a atingir o objectivo de, numa década, reduzir para metade a área ardida em incêndios rurais.

O PSD pediu uma audição com urgência ao ministro da Defesa para, entre outros temas, o questionar sobre esta matéria.

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