CP alerta para perturbações na circulação de comboios entre hoje e sábado

Trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP cumprem esta sexta-feira, 24 de Julho, uma greve nacional de 24 horas

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Paulo Pimenta

A CP alertou hoje para “fortes perturbações na circulação”, na sexta-feira, devido à greve de trabalhadores das bilheteiras e revisores convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

“A CP - Comboios de Portugal informa que, por motivo de greve convocada por organização sindical se prevêem perturbações significativas na circulação de comboios, a nível nacional, no próximo dia 24 de Julho”, comunicou a operadora publica de transporte ferroviário, em nota às redacções.

“A greve abrange o dia 24 de Julho, mas o impacto na circulação poderá estender-se para além desse período, sendo expectável ocorrerem, já a partir de hoje [quinta-feira], com especial incidência no final do dia, e ainda durante a manhã de 25 de Julho, supressões de comboios”, explica ainda a companhia.

A gestão da CP, liderada por Nuno Freitas, adianta que “foram decretados serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral, nomeado pelo Conselho Económico e Social”, recomendando a consulta da informação actualizada na sua página oficial na Internet, “na proximidade da viagem”.

Aos clientes que já tenham bilhetes para viajar em comboios que sejam suprimidos, a CP permitirá o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos.

Em 10 de Julho, o SFRCI anunciou que os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP cumpririam em 24 de Julho uma greve nacional de 24 horas exigindo a retirada da proposta de regulamento de carreiras apresentada pela empresa, que consideram “humilhante”.

“A proposta de regulamento de carreiras que a empresa apresentou na quinta-feira da semana passada [dia 2 de Julho] é humilhante para os trabalhadores do comercial e é inaceitável. Nesse sentido, os trabalhadores querem que a empresa retire esta proposta da mesa negocial”, afirmou o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) em declarações à agência Lusa, naquela altura.

Segundo o dirigente sindical Luís Bravo, os trabalhadores “não aceitam” a pretendida “extinção, por fusão, das categorias de revisor e de operador de venda e controlo da bilheteira”, considerando que se “mistura o conteúdo funcional das categorias, quando um trabalhador itinerante não tem nada a ver com um trabalhador fixo de uma bilheteira ou vice-versa”.

“O que nos apresentam é uma polivalência total que não se compreende e que os trabalhadores rejeitam por completo”, sustentou. Também “inaceitável” para o sindicato é “a extinção de carreiras para onde os trabalhadores podiam progredir, como técnico comercial 1 e 2”.

“Estas e ainda outras questões tornam a proposta da CP inaceitável e os trabalhadores ficaram muito surpreendidos, pela negativa, por aquilo que a empresa vem propor”, afirmou o dirigente sindical.

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