Caso BES. Rui Rio critica prazos da justiça no “maior crime financeiro” em Portugal

Presidente do PSD questiona “quantos mais anos” serão necessários até haver uma decisão no caso BES.

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Rui Rio LUSA/RUI MANUEL FARINHA

O presidente do PSD, Rui Rio, criticou nesta quarta-feira os prazos da justiça no caso BES, questionando “quantos mais anos” serão necessários até haver uma decisão final no que classifica como o “maior crime financeiro” da história portuguesa.

“BES: Em linha com o habitual nível de eficácia, só a acusação demorou seis anos. Agora, o caso passa para os tribunais. De incidente em incidente e de recurso em recurso, quantos anos mais teremos de esperar para ser feita justiça no maior crime financeiro da nossa História?”, questiona Rio, numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter.

O Ministério Público acusou na terça-feira 18 pessoas e sete empresas por vários crimes económico-financeiros e algumas das quais por associação criminosa, no processo Banco Espírito Santo/Universo Espírito Santo, em que a figura central é o ex-banqueiro Ricardo Salgado.

Segundo adianta uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi deduzida acusação por associação criminosa e por corrupção activa e passiva no sector privado, de falsificação de documentos, de infidelidade, de manipulação de mercado, de branqueamento e de burla qualificada contra direitos patrimoniais de pessoas singulares e colectivas.

Em causa nesta investigação, do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), “está um valor superior a 11.800 milhões de euros”, em consequência dos crimes imputados, e prejuízos causados.

A PGR refere também que o processo principal BES/GES “agrega 242 inquéritos que foram sendo apensados, abrangendo queixas deduzidas por mais de 300 pessoas, singulares e colectivas, residentes em Portugal e no estrangeiro”.

Além de Ricardo Salgado são também arguidos neste processo Amílcar Morais Pires e Isabel Almeida, antigos administradores do BES, entre outros.

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