Terminou o voo da cotovia

O helicóptero de construção francesa Alouette III, que entrou ao serviço da Força Aérea Portuguesa em 1963 para colmatar a escassez de meios aéreos nas operações militares que decorriam em África, voou pela última vez na passada terça-feira.

Foto
Alouette III voou 57 anos pela Força Aérea Portuguesa LUSA/NUNO VEIGA

No céu de Beja ou em qualquer outro ponto de Portugal continental e insular já não se ouve o zumbido inconfundível do “abelha”, do “zangão”, da “mosca”, do “zingarelho” ou do “heli”. O último voo do único helicóptero militar Alouette III (AL III) que ainda o podia fazer - de uma frota que chegou aos 142 aparelhos, em plena guerra colonial, (alguns admitem que possam ter sido 160 ou 170) - pôde ser apreciado por poucos, na passada terça-feira, na Base Aérea n.º 11 (BA11) em Beja. O derradeiro voo da cotovia (Alouette em francês) iniciado em 25 de Abril de 1963, em Luanda, chegou ao fim. Já não podia voar mais. O seu certificado de aeronavegabilidade terminou em 2018.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção