Piscinas de Siza Vieira: Quinta da Conceição já funciona. Marés não abre este ano

Os dois equipamentos projectados pelo Pritzker precisavam de obras de requalificação. Nas piscinas de água salgada a intervenção é mais complexa, o que poderá levar ao prolongamento do prazo de conclusão dos trabalhos.

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Piscina
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Enquanto a piscina das Marés ainda não tem data definida para conclusão das obras de requalificação, a da Quinta da Conceição já está a funcionar. Desenhada por Álvaro Siza Vieira na década de 1960 e requalificada pelo arquitecto entre 2018 e 2019, desde esta sexta-feira que, acompanhando a época balnear, as portas abriram-se ao público com regras adaptadas à pandemia. Já a outra obra do Pritzker não abrirá a tempo de apanhar a época balnear deste ano.

Na Quinta da Conceição os três relvados que ladeiam o tanque da piscina estão divididos por lotes com capacidades diferentes – até três pessoas, entre quatro a cinco e entre seis a dez pessoas. A capacidade de lotação descerá das cerca de 300 entradas para 165. A administradora executiva da Matosinhos Sport, Helena Vaz, explica que, apesar de os lugares estarem delimitados e separados por cordas, quem ali for poderá circular nos espaços comuns. Porém, terão sempre de o fazer usando máscara e calçado. À semelhança do que acontece nas piscinas municipais do concelho, os balneários também estarão fechados. Até 15 de Setembro, altura em que fecha a época balnear, é assim que vai funcionar.

As obras neste equipamento inaugurado em 1965 ficaram concluídas no ano passado. O objectivo dos trabalhos orçados em meio milhão de euros era recuperar a traça original do projecto, que, de acordo com a administradora executiva, sofreu algumas mudanças durante o tempo em que esteve entregue a um privado. Essas alterações foram repostas debaixo da supervisão do arquitecto que nos anos 1960, ainda a dar os primeiros passos, foi desafiado por Fernando Távora, de quem foi aluno, a abraçar este projecto. A câmara tinha encomendado a Távora um projecto para desenhar um court de ténis e uma piscina na Quinta da Conceição, em Leça da Palmeira. O professor de Siza desenhou o court e passou a segunda obra ao arquitecto na altura em início de carreira. O espaço foi inaugurado em 1965.

A intervenção serviu também para resolver problemas relacionados com o equipamento electromecânico responsável pelo tratamento das águas, com as bombas e com o tanque, que tinha uma fissura.

Estes são problemas comuns aos da Piscina das Marés, também em Leça da Palmeira, que o arquitecto inaugurou um ano depois do equipamento na Quinta da Conceição. No início do ano passado a autarquia aprovou em reunião de câmara o orçamento para avançar com a obra – cerca de um milhão de euros. As obras estariam concluídas em 11 meses. Por esta altura já estaria a funcionar. Porém, explica Helena Vaz, neste complexo composto por duas piscinas de água salgada, classificado Monumento Nacional em 2006, a intervenção é mais complicada: “A tubagem está completamente podre.” Complica também o facto de existir apenas uma “pequena janela” temporal para se poder proceder aos trabalhos nalguns sectores – entre Maio e Julho.

Se “correr bem” e “se não houver marés vivas”, adianta ser possível terminar-se a obra já este ano. Contudo, nunca a tempo de apanhar a época balnear 2020 - é certo que não abrirá este ano. Se dentro daquela janela de tempo não for possível levar a cabo os trabalhos necessários, a abertura já no Verão do próximo ano pode estar também comprometida.

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