Rui Moreira volta a pedir mais poder para forças de segurança

Presidente da Câmara do Porto acompanhou PSP e Polícia Municipal numa operação nos bairros Pinheiro Torres e Pasteleira Nova.

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Rui Moreira sublinha que combate ao tráfico não é da competência das autarquias Nuno Ferreira Santos

A operação resultou em três detenções por posse de estupefacientes, três dezenas de identificações e fiscalização de 20 viaturas. Esta segunda-feira de manhã, a PSP entoru nos bairros Pinheiro Torres e Pasteleira Nova, junto ao extinto bairro do Aleixo, para uma “operação de visibilidade e de fiscalização, e também de prevenção criminal”.

São operações rotineiras, segundo explicou o comissário da PSP do Porto, Sérgio Ramos, e Rui Moreira quis acompanhá-la, segundo refere a TVI, que esteve no local. Para o autarca do Porto, este tipo de intervenção é “extraordinariamente importante” por mostrar à população a “presença do Estado, da polícia e da segurança”.

O presidente da Câmara do Porto tem insistido na defesa de um reforço dos poderes das forças de segurança no combate no combate ao consumo de tráfico de droga na via pública. “Tenho alertado para a necessidade de se fazerem alterações legislativas urgentes, para não acontecer aquilo que os moradores dizem: a polícia vem cá, resolve o assunto, detém três pessoas e passado um tempo eles estão cá novamente a fazer as mesmas coisas e a criar intranquilidade”, reproduziu, citado numa nota emitida pela autarquia.

Em Outubro, Moreira tinha defendido em Assembleia Municipal que, “em alguns locais”, fosse mesmo “criminalizado o consumo ao ar livre”, argumentando que a descriminalização das drogas em Portugal levou a uma “despenalização ou quiçá uma legalização”. O seu grupo municipal não ficou sozinho na identificação do tráfico de droga como um problema da cidade – mas a forma de o combater nunca gerou consensos. A postura do autarca, aliás, valeu reprovações nacionais e internacionais, que consideraram a criminalização seria um “passo atrás na política de drogas em Portugal”.

O Porto já aprovou a criação de uma sala de consumo assistido, medida que tem sido apontada como um importante contributo para a mitigação deste problema, mas até agora a solução não está no terreno.

Durante a visita aos bairros, o autarca falou com alguns moradores e, à TVI, sublinhou a importância destes entenderem que “a responsabilidade nesta matéria não é das câmaras”.

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