Administração de Trump derruba lei de Obama e facilita a caça de crias de ursos e lobos no Alasca

Vai ser levantada a proibição de práticas que facilitam a caça destes animais.

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Este tipo de práticas tinham sido proibidas por Obama nos parques nacionais Reuters/GIORGOS MOUTAFIS

A administração do Presidente norte-americano Donald Trump derrubou, esta terça-feira, uma regra da era de Barack Obama que impedia os caçadores do Alasca de criar armadilhas e matar crias de ursos e de lobos e outras práticas condenadas por grupos ambientalistas e de protecção da vida selvagem.

Segundo a nova regra do Serviço Nacional de Parques, que entra em vigor a 9 de Julho, a caça em reservas naturais do Alasca será controlada pelo Estado, o que permite a caça de ursos negros com luz artificial, a matança de lobos negros e coiotes e a caça de renas nadadoras, entre outras práticas, que tinham sido proibidas por Obama nos parques nacionais.

“A administração de Trump atingiu chocantemente um novo mínimo no tratamento da vida selvagem. Permitir o abate de crias de ursos e de lobos nas suas tocas é bárbaro e desumano”, afirmou Jamie Rappaport Clark, presidente dos Defensores da Vida Selvagem, em comunicado citado pela agência Reuters.

A presidente e CEO da Associação Nacional de Conservação de Parques, Theresa Pierno, também criticou a decisão. “Disparar contra a mãe e o urso bebé hibernados não é o legado de conservação que os nossos parques nacionais querem preservar e não é forma de tratar ou gerir a vida selvagem dos parques”, afirmou, citada pelo The Washington Post.

Por outro lado, os caçadores do Alasca consideram que as anteriores regras violavam as práticas tradicionais de caça nativa. Eddie Grasser, director de gestão da vida selvagem do Departamento de Pesca e Caça do Alasca, refere que algumas das práticas de caça agora permitidas nas reservas nacionais fazem parte da cultura indígena e são utilizadas apenas por um pequeno número de pessoas em poucos locais.

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