Presidente da Câmara de Viseu repudia decisão do INEM de enviar helicóptero para Loures

O INEM anunciou esta segunda-feira que o helicóptero actualmente posicionado em Viseu irá passar temporariamente para Loures.

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O helicóptero está no aeródromo de Viseu desde Outubro de 2019 daniel rocha

O presidente da Câmara de Viseu criticou a decisão do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de colocar provisoriamente em Loures o helicóptero estacionado no aeródromo municipal, uma vez que “maltrata, mais uma vez, os territórios do Interior”.

“O município de Viseu foi surpreendido esta segunda-feira, 1 de Junho, com o anúncio público do INEM da deslocalização do helicóptero actualmente estacionado no Aeródromo Municipal Gonçalves Lobato, para o Heliporto de Salemas, em Loures”, afirmou o presidente da câmara, António Almeida Henriques, em comunicado. “O município de Viseu repudia a saída deste importante meio de emergência médica da região, constatando e lamentando os argumentos pouco sólidos que estão na base desta decisão.”

Esta segunda-feira, o INEM anunciou através de um comunicado, que o helicóptero actualmente posicionado em Viseu irá ser “relocalizado temporariamente no heliporto de Salemas, em Loures, de forma a manter a operacionalidade deste meio aéreo e sempre no cumprimento estrito de todos os requisitos e normas aplicáveis à operação aeronáutica”.

Segundo o INEM, o helicóptero vai operar a partir de Salemas até que seja implementada uma solução definitiva que permita a certificação do heliporto de Santa Comba Dão como base permanente. O INEM explicou que a solução está a ser trabalhada entre as entidades responsáveis, tendo sido garantido ao instituto que a criação das condições necessárias para a certificação do heliporto irá acontecer num curto espaço de tempo.

Almeida Henriques escreve que “a autarquia estranha e lamenta” ter tido conhecimento desta decisão “através da comunicação social” e também pelo facto de a deslocalização acontecer “já no dia 4 de Junho, para Loures, na Área Metropolitana de Lisboa”.

Para o presidente da câmara, a “decisão maltrata, mais uma vez, os territórios do Interior, afastando este importante meio do seu âmbito de acção”, além de que “a região de Viseu perde também as equipas e a VMER [viatura médica de emergência e reanimação] que estavam afectas à aeronave”.

O comunicado acrescenta que, “em Outubro de 2019, o INEM, na pessoa do seu presidente, solicitou ao município de Viseu a permanência do seu helicóptero no aeródromo municipal, devido à inoperacionalidade do heliporto de Santa Comba Dão”.

“O Município de Viseu acedeu a este pedido, não só pelo facto de o nosso aeródromo reunir as condições necessárias para o satisfazer, mas também para, desta forma, garantir que a aeronave permanecia na região de Viseu”, explica.

Almeida Henriques lembra ainda que “deixou bem claro, desde o início, que nada fizera para ter o helicóptero em Viseu, assim como nada faria para que o mesmo não regressasse a Santa Comba Dão, logo que e se as condições o permitissem”.

“Viseu apenas e só defendeu os interesses da região, mantendo uma aeronave fundamental no socorro às populações”, esclarece António Almeida Henriques no comunicado.

O INEM assegura que, apesar de não ter um meio estacionado na região, o Centro do país fica coberto pelos helicópteros de Macedo de Cavaleiros e de Salemas.

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