Twitter permite que alguns funcionários passem a trabalhar sempre a partir de casa

Trabalhadores cujas funções não exijam a presença física nos escritórios passarão a poder trabalhar a partir de casa, mesmo depois de terminada a quarentena obrigatória para impedir a propagação do novo coronavírus nos Estados Unidos.

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Teletrabalho é incentivado desde o início de Março Reuters/DADO RUVIC

Depois de dois meses em teletrabalho, muitos funcionários do Twitter podem nunca voltar a trabalhar a partir da sede norte-americana da rede social, localizada em São Francisco, na Califórnia. Num e-mail a que o BuzzFeed News teve acesso, enviado pelo co-fundador do Twitter, Jack Dorsey, é dito que alguns funcionários vão poder trabalhar de forma permanente a partir de casa, mesmo depois de terminada a quarentena obrigatória para impedir a propagação do novo coronavírus nos Estados Unidos.

Logo no início de Março, quando a covid-19 se começou a espalhar pelo território norte-americano, o Twitter incentivou os trabalhadores a desempenhar as suas funções através do teletrabalho. Outros gigantes da tecnologia, como a Amazon, o Google ou a Microsoft, fizeram o mesmo.

“Temos pensado muito em como abordar este tema desde a altura em que nos tornamos numa das primeiras empresas a mudar para o modelo de trabalho a partir de casa”, disse ao BuzzFeed um porta-voz da empresa, acrescentando que o Twitter continuará a colocar a segurança dos trabalhadores e da comunidade “em primeiro lugar”.

Ainda assim, nem todos poderão trabalhar a partir de casa, uma vez que algumas funções, como a manutenção de servidores, exigem a presença física dos funcionários.

No mesmo e-mail, Dorsey refere ainda que é pouco provável que o Twitter reabra os escritórios antes de Setembro e avança que, salvo raras excepções, as viagens de trabalho serão canceladas até essa data. A empresa vai também cancelar todos os eventos presenciais até ao fim do ano e reavaliar o plano para 2021.

Os Estados Unidos ultrapassaram esta segunda-feira a barreira dos 80 mil mortos, por causa da pandemia, e são o país mais afectado pelo novo coronavírus, contando com mais de 1,3 milhões de pessoas contagiadas, segundo o balanço da Universidade Johns Hopkins.

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