Covid-19: Biblioteca Nacional reabre ao público já na quinta-feira, Torre do Tombo regressa no dia 12

Uso de máscara e desinfecção das mãos serão obrigatórios à entrada e as luvas descartáveis são aconselhadas para o manuseamento dos livros.

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A Biblioteca Nacional abrirá as suas portas já na quinta-feira, mas com limitações quanto ao número de utilizadores em cada espaço DANIEL ROCHA

A Biblioteca Nacional de Portugal reabre ao público na quinta-feira e o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, também em Lisboa, reinicia o atendimento presencial no dia 12, ambos com novas regras de protecção contra a propagação da covid-19.

De acordo com o plano de desconfinamento estabelecido pelo Governo para o fim do estado de emergência, as bibliotecas e os arquivos poderiam abrir ao público a partir do início desta semana, mas as duas instituições tiveram as suas equipas reunidas para definir regras e data de reabertura ao público.

A Biblioteca Nacional (BNP) será a primeira a abrir os seus serviços de atendimento presencial ao público, já na quinta-feira, dia 7, com medidas de protecção reforçadas que incluem, desde logo, o uso obrigatório de máscara e a desinfecção das mãos (como está, aliás, definido para todos os serviços de atendimento ao público) à entrada do edifício, segundo informação disponível na página da biblioteca.

O uso de luvas descartáveis não é obrigatório mas é recomendado para o manuseamento de livros, sendo as luvas fornecidas gratuitamente aos leitores em todas as salas.

Será também cumprida a limitação do número de pessoas em cada espaço e assegurada a desinfecção regular de pontos de contacto como portas, puxadores ou botões de elevador.

A BNP alerta que o uso das mesas de trabalho livre continuará temporariamente suspenso, por não servir actividades que só possam ser realizadas na biblioteca, o mesmo se passando com as salas de reuniões e eventos. O serviço de bar/cafetaria vai continuar encerrado, pelo menos até dia 18.

Quanto ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), a situação é um pouco diferente, porque, ao contrário da BNP, que “vive sobretudo da leitura presencial”, manteve sempre os serviços a funcionar, tendo suspendido apenas a leitura presencial, que será retomada na próxima segunda-feira, disse à Lusa o director, Silvestre Lacerda.

“Continuámos sempre a prestar serviços aos utilizadores, como os pedidos de reprodução e digitalização de documentos. Temos as portas abertas, com equipas mais reduzidas mas a trabalhar, temos cá equipas de restauro”, explicou o director do arquivo.

Também os arquivos distritais se mantiveram em funcionamento, tendo suspendido apenas os serviços de leitura presencial, que reabrem igualmente na segunda-feira.

Um dos motivos que justificaram esta espera foi o processo de aquisição de equipamentos de protecção individual, como as máscaras ou viseiras e o álcool gel, que foram enviadas para os arquivos esta quarta-feira.

Para o ANTT, foram pedidas mais de 350 máscaras (número correspondente ao de trabalhadores), para o caso de pontualmente alguém se esquecer e precisar de uma extra, adiantou Silvestre Lacerda.

Estarão ainda em vigor as medidas sanitárias determinadas para os serviços em geral, como o cumprimento da etiqueta respiratória, o respeito pela distância de segurança e a proibição de aglomeração de pessoas. As visitas de estudo, por exemplo, que anteriormente comportavam grupos de entre 15 a 20 alunos, terão agora de ser mais limitadas.

Haverá também circuitos diferentes para os espaços de serviços pontuais, como os pedidos de certidão, e os de leitura continuada, na sala de leitura presencial, usada sobretudo por investigadores.

Para a leitura continuada, os interessados terão de fazer o pedido antecipadamente, enquanto para os serviços pontuais, haverá um técnico à entrada a fazer a triagem do público e a explicar quais os pedidos que podem ser feitos com meio electrónico ou com acompanhamento na sala de referência, acrescentou o director.

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