Covid-19. Dezassete universidades e politécnicos fazem testes em lares de todo o país

No total, as universidades e politécnicos têm capacidade, de momento, para realizar entre 4000 a 5000 testes por dia.

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A ministra do Trabalho Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa visitaram esta sexta-feira os laboratórios da Universidade de Aveiro LUSA/PAULO NOVAIS

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse esta sexta-feira que há 17 laboratórios da academia a fazer testes de covid-19 em lares de idosos, referido que, actualmente, a principal preocupação é testar os trabalhadores.

“Há mais de um mês que foram proibidas as visitas nos lares e, portanto, agora a principal preocupação que temos é limitar o risco de propagação de quem está a entrar e sair dos lares, que são os trabalhadores”, disse a ministra.

Ana Mendes Godinho falava aos jornalistas no final de uma visita aos laboratórios da Universidade de Aveiro (UA) que estão a realizar testes de rastreio à covid-19, em que se fez acompanhar pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

A governante referiu que a parceria com as universidades e politécnicos veio permitir aumentar a capacidade de realização de testes de despiste à covid-19 nos lares, referindo que, actualmente, há 17 universidades e politécnicos protocolados que abrangem entre 4000 a 5000 testes por dia.

Além destes, Ana Godinho referiu que há mais 23 laboratórios que “estão nos seus trabalhos preparatórios para se capacitarem para a produção destes testes” validados por parte do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.

Na mesma ocasião, o ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor, disse que este processo veio “mobilizar de uma forma particularmente inédita” a comunidade científica. “Ontem estavam cerca de 5500 testes já realizados. O plano é para atingir entre 40 mil a 50 mil testes no próximo mês”, referiu.

O governante deu ainda conta do trabalho que tem vindo a ser feito pela academia em conjunto com as empresas nacionais para colmatar a falta de alguns materiais necessários para realizar os testes, apontando como exemplo o uso de reagentes e de zaragatoas feitos em Portugal.

Quanto à escassez de zaragatoas, o ministro referiu que no prazo de duas semanas, foi conseguido que “uma grande empresa portuguesa que faz cotonetes adaptasse uma nova de linha de produção, estando já hoje a produzir zaragatoas”.

A Universidade de Aveiro começou a realizar testes à covid-19 no início deste mês. Actualmente, fazem-se cerca de 120 testes por dia e dentro de 15 dias deverá atingir-se a capacidade máxima de 384 testes por dia.

Segundo dos dados divulgados esta sexta-feira no boletim da Direcção-Geral da Saúde, Portugal regista 657 mortos associados à covid-19 e 19.022 casos confirmados de infecção (mais 181 do que no dia anterior, um aumento de cerca de 1%).

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