Oeiras vai ter mais 345 ecopontos nas ruas

Autarquia anunciou substituição de todos os contentores na via pública e o reforço da oferta.

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Oeiras foi pioneira na criação de um sistema de recolha selectiva ADRIANO MIRANDA

A Câmara de Oeiras vai instalar mais 345 ecopontos no concelho ao longo dos próximos seis meses, disse uma fonte da autarquia ao PÚBLICO. Nas últimas semanas, o município aprovou a substituição integral dos contentores de lixo indiferenciado e dos contentores de recolha selectiva que não estão enterrados, num investimento que ronda um milhão de euros.

A substituição visa “o aumento da qualidade de vida dos utilizadores” e a “melhoria da imagem do território”, afirma a câmara num comunicado enviado às redacções, pois alguns equipamentos que hoje estão nas ruas “apresentam já algum desgaste”.

Ao todo vão ser comprados 4590 novos contentores por 953,8 mil euros: 3000 destinam-se a indiferenciados e 1590 são para vidro, plástico e papel. No mesmo comunicado, a autarquia liderada por Isaltino Morais informa que também a oferta de recipientes para o lixo comum será reforçada “em zonas onde se considera necessário”.

A Câmara de Oeiras foi pioneira em Portugal na introdução de um sistema de recolha selectiva porta-a-porta. Começou em 1994 na localidade de Queijas e alargou-se ao restante concelho em 1997. Viria a ser praticamente abandonada em 2009, quando a autarquia se virou para a instalação de ecopontos, mantendo a recolha porta-a-porta apenas em zonas de moradias.

Em 2016, ainda durante a presidência de Paulo Vistas, a câmara decidiu começar a instalar as chamadas “eco-ilhas”, com contentores enterrados, à semelhança da prática seguida por muitos outros municípios. Foram instaladas 500 destas ilhas por todo o concelho, num investimento superior a três milhões de euros, que tinha como objectivo acabar com os sacos colocados à volta dos contentores e reduzir o número e a distância dos circuitos de recolha. Essa decisão, porém, não acabou totalmente com os contentores de superfície e em vários locais continuam a ver-se pilhas de lixo em redor dos equipamentos.

De acordo com dados divulgados há poucos dias pela Sociedade Ponto Verde, Portugal conseguiu em 2019 reciclar mais 10% dos resíduos face a 2018, em que também já se tinha verificado uma subida de 6% em relação a 2017.

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