Sindicato pede aos trabalhadores do espectáculo e do audiovisual para avaliarem as suas perdas

O CENA-STE enviou um questionário aos profissionais do sector de forma a quantificar o impacto da epidemia na economia da cultura e reivindicar as medidas adequadas ao Governo.

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A agenda de concertos esvaziou-se de um momento para o outro NUNO FERREIRA SANTOS

O Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos, o CENA-STE, está solicitar aos profissionais do sector que respondam a um questionário, com o objectivo de reunir dados que “suportem advogar junto do Governo a defesa dos direitos e garantias dos trabalhadores do sector”, no contexto da actual quarentena.

No questionário é perguntado, por exemplo, quantos dias de trabalho foram cancelados devido à epidemia do novo coronavírus ou qual o valor dos honorários perdidos. Nos últimos dias têm-se avolumado as vozes de preocupação, perante um sector caracterizado pela precariedade e pela intermitência e que viu repentinamente a sua agenda esvaziar-se, deixando artistas e técnicos sem trabalho.

Contactado esta quinta-feira pelo PÚBLICO, o gabinete do Ministério da Cultura adianta que ainda esta semana poderão ser anunciadas medidas de emergência para o sector. Não há números que quantifiquem as perdas que podem estar em causa em Portugal, mas em Espanha, onde a indústria cultural será a quarta economia mais importante, a Asociación para el Desarrollo de la Propiedad Intelectual, estima que a paralisação forçada devido ao coronavírus possa custar ao país três mil milhões de euros por mês.

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