Lucro da Nos cresce 4% para 143 milhões de euros

Receitas de telecomunicações subiram 1,1%, mas foram penalizadas pela “diminuição de consumo de canais desportivos premium”. Dividendo desce para 27,8 cêntimos, com Isabel dos Santos a ter direito a 37 milhões de euros.

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A Nos é presidida por Miguel Almeida Sebastiao Almeidas

O resultado líquido da Nos subiu 4,2% em 2019 para 143,5 milhões de euros, com as receitas totais a atingirem 1559 milhões de euros (mais 1,5% face a 2018). 

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) subiu 2,7%, para 641 milhões, e a margem Ebitda melhorou 0,5 pontos para 40,1%.

A empresa liderada por Miguel Almeida vendeu mais 142 mil serviços de telecomunicações, acabando o ano com um total de 9,722 milhões de serviços, ou unidades geradoras de receita.

As receitas de telecomunicações totalizaram 1522 milhões de euros (mais 1,1% face ao período homólogo), apesar do impacto da redução das tarifas de terminação (aquelas que os operadores pagam aos outros quando os seus clientes fazem chamadas para as redes concorrentes) e da “diminuição de consumo de canais desportivos premium”.

A operadora terminou 2019 com 4,851 milhões de subscritores de serviços móveis e 1,639 milhões de clientes de televisão, dos quais 1,356 milhões de acesso fixo. O número de serviços de banda larga fixa atingiu 1,419 milhões e os serviços de voz fixa totalizaram 1,779 milhões.

No segmento residencial, a receita média mensal por cliente andou em torno dos 44 euros.

A cobertura de rede de nova geração da Nos chegou a mais 219 mil casas em 2019, cobrindo um total de 4,646 milhões de casas.

Quanto à área de cinemas e audiovisuais, a empresa refere que houve “uma forte recuperação no segundo e terceiro trimestre e um abrandamento no quarto trimestre”. O ano saldou-se com um crescimento de receitas de 6,5%, para 118,8 milhões de euros.

A Nos “manteve um forte investimento”, em particular na “expansão das redes” de nova geração fixa e móvel - o valor ficou nos 374,4 milhões de euros (em linha com 2018).

Já a dívida líquida do grupo subiu 4,9% para 1094 milhões de euros.

Dividendo desce

O conselho de administração da Nos aprovou uma proposta de dividendo por acção de 27,8 cêntimos, abaixo dos 35 cêntimos de 2018 e dos 30 cêntimos de 2017, que ainda assim representa “100% do resultado consolidado líquido gerado em 2019”.

“Embora a estrutura de capital da Nos ainda se encontre dentro do limiar de 2x a dívida financeira líquida/Ebitda após leasings”, e pese “a robustez do desempenho operacional e financeiro”, a empresa diz que esta proposta de dividendo é “mais consentânea com as limitações actuais em torno da visibilidade das potenciais implicações operacionais e financeiras dos termos do próximo leilão de espectro 5G”, que só serão conhecidos no decorrer do ano.

O leilão deverá arrancar em Abril e ficar concluído em Junho.

A proposta de dividendo está sujeita a aprovação final na assembleia geral de accionistas, marcada para 16 de Abril de 2020.

A confirmar-se o valor, os dois principais accionistas da Nos, a Sonae e a empresária Isabel dos Santos (que detêm as suas participações por via da Zopt e controlam 52% da empresa) terão a receber cada um cerca de 37 milhões de euros.






 

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