Barcos vão passar a ser geridos pela Área Metropolitana de Lisboa

Ministro do Ambiente defendeu a descentralização da gestão do transporte fluvial para a área metropolitana. Depois dos barcos, devem seguir-se o metro e os comboios suburbanos que servem a capital.

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nuno ferreira santos

É o próximo passo na “revolução” dos transportes na Área Metropolitana de Lisboa (AML): transferir a gestão da Transtejo e da Soflusa para a área metropolitana, numa primeira fase, e do metro de Lisboa e comboios suburbanos, numa segunda. 

Não é a primeira vez que o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, defende a saída da gestão do Estado central das duas empresas que fazem o transporte fluvial no Tejo, cujo serviço tem sido alvo de sucessivos protestos pelos utentes ao longo do último ano.

“Acabou o jogo do empurra. É por isso que criámos as condições para que se concretizassem as empresas metropolitanas de transporte e é com expectativa que vemos a opção que vai ser desenhada pela AML e para muito depressa criarmos condições para que a Transtejo e a Soflusa possam ser geridas por esta empresa”, notou o governante, que falava na cerimónia de lançamento do concurso público para a aquisição do transporte público rodoviário na Grande Lisboa. 

“Faz sentido ser o Estado a gerir estas empresas? Não faz sentido”, disse Matos Fernandes. O mesmo poderá acontecer com o Metro do Lisboa e com os comboios suburbanos de Lisboa, ainda que o governante considere ser, para já, “prematuro imaginar uma situação de transferência a um, dois anos”. “Queremos entregar o metro com uma rede muito mas robusta do que a que hoje já temos”, disse. 

O presidente da Área Metropolitana de Lisboa, e autarca da capital, Fernando Medina reconhece também que esse é o “passo seguinte”. Depois da passagem para a AML das competências de transporte e de criado o passe único, a “gestão do metro, dos barcos e da ferrovia de âmbito suburbano é o terceiro dossier a trabalhar com o Governo”, sublinhou Medina. 

Seguir-se-á depois o acordo com o Governo relativamente ao plano de investimentos dos meios pesados de âmbito pesado na AML. “Estamos a falar da expansão do metropolitano, do metro de superfície, dos sistemas de metrobus ou bus rapid transit (BRT) que irão estruturar toda a rede metropolitana de Lisboa”, disse ainda o autarca. 

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