Fundação da Juventude oferece bolsas para arquitectos abraçarem o património

A terceira edição do Programa Millennium de Bolsas de Investigação volta-se para “a cidade e o património arquitectónico do século XX”. Os bolseiros vão receber 2250 euros para estudarem “áreas esquecidas que podem ser valorizadas” nos municípios parceiros.

Foto
Andreia Gomes Carvalho

Preservação do património cultural nacional é uma das ideias-chave para a Fundação da Juventude. Na terceira edição do Programa Millennium de Bolsas de Investigação, a organização pretende estimular a curiosidade por esse mesmo património — e incentivar os jovens arquitectos do país a valorizá-lo.

Na iniciativa, que é organizada em parceria com a Ordem dos Arquitectos e conta com o apoio dos municípios de Cascais, Funchal, Mafra, Matosinhos, Porto, Santa Maria da Feira e Vila Nova de Gaia, a ideia é que “cada candidato possa contribuir para o desenvolvimento” de um destes territórios. Neles, durante os três meses que compõem o projecto, os bolseiros vão estudar “áreas esquecidas que podem ser valorizadas”, explicou Carla Mouro, presidente executiva da Fundação da Juventude, na sessão de apresentação do programa, que decorreu esta segunda-feira, no Palácio das Artes, no Porto.

O tema desta edição é “a cidade e o património arquitectónico do século XX”. Os jovens participantes, que recebem bolsas no valor de 2250 euros, vão receber orientação por parte de representantes da Ordem dos Arquitectos e trabalhar num regime de proximidade com as autarquias. Estas podem definir alvos de intervenção prioritários em termos de “estratégias de salvaguarda do património”, mas os arquitectos são livres de sugerir também outros possíveis pontos de investigação.

O programa, que passa pela “participação na criação de novas rotas e circuitos turísticos e culturais” e a “facilitação da empregabilidade territorial dos jovens”, culmina na realização de uma exposição itinerante. Francisco Maria Balsemão, da Fundação da Juventude, salienta ainda que “os candidatos fazem uma tour pelos municípios apoiantes”, mostrando ao público os resultados dos projectos.

Uma vez que há “vontade de trabalhar a uma escala nacional”, os municípios interessados em estabelecer parcerias com o programa ainda podem contactar a Fundação da Juventude até ao início de Março, assegura Carla Mouro. A instituição reconhece que os três meses concedidos aos bolseiros são curtos, pelo que aconselha os arquitectos a desenvolverem investigações com “uma visão de futuro” — pensando em modos como “os estudos podem depois ser transpostos para casos práticos”.

Podem concorrer ao Programa Millennium de Bolsas de Investigação arquitectos residentes em Portugal até aos 35 anos de idade. As candidaturas decorrem até 30 de Abril de 2020. O regulamento completo pode ser consultado aqui.

Sugerir correcção
Comentar