Agências de viagens declaram Madeira o “destino preferido” de 2020

A associação portuguesa das agências quer ajudar a impulsionar o fluxo turístico para o arquipélago.

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Porto Moniz Andreia Gomes Carvalho
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Vista do Cabo Girão Andreia Gomes Carvalho
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Fajã dos Padres Andreia Gomes Carvalho
Funchal
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Câmara de Lobos Andreia Gomes Carvalho
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No Mercado dos Lavradores, Funchal Daniel Rocha
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Porto Santo Daniel Rocha

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) elegeu a Madeira como “destino preferido” em 2020, pretendendo ajudar a aumentar o crescimento do fluxo turístico continental para a região, que vive no sector um momento delicado.

Num encontro com os jornalistas em Lisboa, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, começou por lembrar que a escolha de um “destino preferido” pela associação é um projecto anual que visa dinamizar os fluxos turísticos para um determinado destino, quer através de um trabalho temático, quer através de um trabalho técnico com os operadores turísticos e com os agentes de viagens.

“Esse trabalho ao nível técnico começou exactamente hoje, em que tivemos uma – julgo que muito proveitosa – reunião, com o destino e com o nosso capítulo de operadores da parte dos que trabalham o destino Madeira”, disse Pedro Costa Ferreira, na presença do secretário Regional do Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, com quem assinou um protocolo.

Pedro Costa Ferreira afirmou que este projecto “surge num momento que não deixa de ser delicado e importante para o destino turístico Madeira", lembrando que no congresso anual da associação que decorreu, em Novembro de 2019, no Funchal, já tinham feito uma caracterização do momento que aquele destino vive.

“Definimos o momento quase como uma tempestade perfeita no sentido em que a Madeira foi, enquanto destino, aguçada por falências importantes de companhias aéreas, foi das experiências que ocorreram na relação com o mercado português claramente a mais prejudicada, nalguns casos ferindo o seu principal mercado e ferindo de uma maneira bastante particular rotas de cidades importantes apesar de secundárias, rotas essas que não foram ainda ocupadas”, lembrou Pedro Costa Ferreira.

A APAVT voltou a enumerar a “cada vez maior visibilidade da inoperacionalidade do aeroporto” como um constrangimento – apesar de esta ter sido em 2019 metade da que foi em 2018, assim como o registo de “algum importante aumento da oferta” que “não deixa de ser um factor adicional de risco para o êxito da operação”.

“Por todas estas razões, este destino preferido, em meu entender, aparece no momento ideal porque é o momento em que precisamos de actuar com mais acuidade e pretendemos actuar aumentando o crescimento do fluxo turístico continental para a região turística da Madeira e Porto Santo. Pretendemos diminuir a sazonalidade e, sobretudo, talvez o mais importante, pretendemos lançar as bases de uma alteração estrutural da relação”, acrescentou.

Já o governante regional afirmou que “é um grande momento e felicidade este protocolo como destino preferido, numa relação que é já antiga, duradoura e saudável”, lembrando que já tinham sido eleitos como tal em 2016 e que, “daí para cá, a Madeira não deixou de crescer no [número de turistas do] mercado nacional”.

A Madeira também tem “tido a preferência da APAVT para a realização dos seus congressos anuais", o que já aconteceu por cinco vezes, acrescentou Eduardo Jesus, recordando os mais de 700 congressistas que estiveram na Madeira na última reunião magna do sector em, 2019.

“Nos últimos dois anos foram 14 as falências de companhias aéreas que afectaram os aeroportos geridos pela ANA. Dessas 14, nove focaram o aeroporto da Madeira. Isto foi o foco de um conjunto de circunstâncias que o destino assim quis (...) e que nos deixa, naturalmente, numa circunstância que obriga a reacção”, disse o governante.

Mas, Eduardo Jesus considerou ainda o facto dos constrangimentos que têm vindo a ser colocados à Madeira, este e os enumerados pela APAVT, como não sendo “mais do que dádivas porque constituem, naturalmente, grandes oportunidades”.

A Madeira foi ao longo de 2019 o destino turístico nacional a registar quedas no número de dormidas, mas Eduardo Jesus lembrou que até Novembro de 2019, últimos dados disponíveis, o mercado nacional cresceu 9% na região e liderou.