Mais de 200 organizações unem-se aos objectivos da Lisboa Capital Verde 2020

Foi assinado com a Câmara um compromisso com acções concretas a aplicar por cada empresa. Para simbolizar o momento, a autarquia anunciou a construção do “mural do compromisso”.

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Cerimónia oficial do lançamento da Capital Verde Nuno Ferreira Santos

A aposta na instalação de iluminação ajustada e LED é geral e algumas organizações equacionam a inclusão de arvoredo nas envolventes dos edifícios. A promoção de veículos eléctricos em frotas de uso privado e operacional é acolhida por várias empresas, tal como o fornecimento aos colaboradores de minutos de uso mensal numa solução de mobilidade partilhada. Em alguns casos, até, um passe de transporte colectivo mensal gratuito para os colaboradores pode também tornar-se uma realidade. A diminuição da produção de resíduos e o aumento de ano para ano na sua percentagem de reciclagem juntam-se à implementação de soluções para a reutilização de águas e também à vontade de erradicar o uso de plásticos de utilização única. Estes são alguns exemplos de entre as 2100 medidas totais, contabilizadas pela câmara, que as organizações assinantes se comprometem a aplicar.

Um a um, os representantes de mais de 200 organizações subiram ao palco instalado no pavilhão polidesportivo de Campolide e assinaram, esta quarta-feira, o Compromisso Lisboa Capital Verde Europeia 2020 – Acção Climática Lisboa 2030.

Nas palavras de José Sá Fernandes, o vereador do Ambiente da câmara de Lisboa, um compromisso “significa prometer em conjunto”. Desta forma, os signatários comprometem-se a levar a cabo várias medidas de acção climática para a próxima década - escolhidas previamente por cada empresa - que se inserem em diversas áreas de intervenção como a energia, a mobilidade, a água, a qualidade do ar e do ruído até à economia circular e a cidadania e participação.

Em último lugar, Fernando Medina, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, também assinou o documento. O autarca sublinhou não se tratar de um acto protocolar, mas sim de “um compromisso de acções concretas”. Medina considerou que os números da adesão e das medidas propostas demonstram “uma comunidade inteira a mobilizar-se para uma acção completa”. “Precisamos de todos”, afirmou o vereador Sá Fernandes.

No âmbito da distinção como Capital Verde Europeia 2020, Lisboa definiu uma ambiciosa agenda pela sustentabilidade. Os objectivos principais assentam na redução de 60% das emissões de CO2 até 2030, na resiliência efectiva às alterações climáticas e ainda no atingir da neutralidade carbónica até 2050.

Sobre a urgência em tomar medidas, o presidente da câmara afirmou que “é a nossa obrigação moral com as novas gerações”. Por outro lado, o autarca admitiu que “só podemos exigir acção aos outros se fizermos a nossa parte” e “estamos a fazê-la”, acrescentou.

Na sequência, a Câmara Municipal de Lisboa lançou o desafio à cidade, mais concretamente às escolas, empresas, associações e instituições públicas e privadas, de maneira a oferecerem o seu contributo para as metas ambientais estabelecidas. Uma participação iniciada com a assinatura do Compromisso Lisboa Capital Verde Europeia 2020 – Acção Climática Lisboa 2030.

Assinado o documento, para assinalar o momento, a autarquia anunciou a construção do “mural do compromisso”. Na peça, garantiu Medina, constarão os vários logótipos de todas as organizações e empresas que subscreveram o compromisso esta quarta-feira. 

No muro do jardim da Amnistia Internacional que ladeia a Avenida Calouste Gulbenkian, entre pinturas também inacabadas, o painel de azulejos ainda está a ser colocado. A cargo da fábrica Viúva Lamego, a sua conclusão é esperada “no máximo, em finais de Fevereiro, se o clima ajudar”, admitiu uma das jovens que pintava o mural esta manhã.

Texto editado por Ana Fernandes

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