Morreu Antonio Franco, director de museu da Extremadura espanhola com ligações a Portugal

Curador espanhol tinha 64 anos. Em 2001 expôs no museu de Badajoz a mostra Surrealismo em Portugal, 1934-1952.

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Antonio Franco MEIAC

O director do Museu da Extremadura e Iberoamericano de Arte Contemporânea (MEIAC), Antonio Franco, morreu este domingo, aos 64 anos, anunciou a instituição sediada em Badajoz, que detém a maior colecção de arte contemporânea portuguesa fora de Portugal.

“É com grande tristeza que comunicamos que morreu [este domingo] o nosso amigo e director do MEIAC, Antonio Franco Domínguez. Um grande abraço e todo o nosso carinho à família e amigos”, lê-se numa nota publicada na página do museu espanhol na rede social Facebook.

Em comunicado, a Junta da Extremadura lamenta também a morte do historiador, crítico de arte, gestor de museus e comissário de exposições. “Franco foi um dos grandes promotores da criação do MEIAC, que dirigiu como um projecto vital desde a sua fundação, em 1995, e que foi um marco para a arte contemporânea na região e para o diálogo cultural com a América Latina e Portugal”, lê-se na mesma nota.

António Franco, que estudou História de Arte, foi responsável por “grandes exposições”, como a dedicada ao movimento surrealista em Portugal (Surrealismo em Portugal, 1934-1952), realizada em 2001, lembra o Governo daquela comunidade autónoma de Espanha.

“Foi um precursor da cooperação cultural com Portugal, com projectos como a exposição Suroeste Literaturas Ibéricas (2010) e através da construção de uma rede de alianças com os centros museológicos portugueses, como o MACE, de Elvas, ou a Fundação Eugénio de Almeida, de Évora, entre outros, para conseguir projectos expositivos conjuntos de grande qualidade”, acrescenta.

Segundo o curador e crítico de arte português António Cerveira Pinto, Antonio Franco dedicava-se, nos últimos meses, aos preparativos do 25.º aniversário do MEIAC, designadamente com duas exposições em colaboração com Portugal. “A Extremadura e o Alentejo eram para ele uma só pátria. Era um grande amigo do nosso país e dos países latino-americanos”, escreve Cerveira Pinto, numa nota enviada à Lusa.

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