China encerra partes da Grande Muralha e outros monumentos por causa do novo coronavírus

O encerramento de alguns espaços, como a Disneyland e a Cidade Proibida de Pequim, faz parte de um conjunto de medidas para controlar a propagação do novo coronavírus, que já matou 26 pessoas.

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A Grande Muralha da China atrai cerca de dez milhões de turistas por ano Reuters/THOMAS PETER

A China anunciou esta sexta-feira o encerramento de partes da Grande Muralha e de monumentos emblemáticos em Pequim, como parte das medidas para controlar a propagação do novo coronavírus, que já matou 26 pessoas.

Os túmulos imperiais da dinastia Ming e a floresta de pagodes serão fechados a partir de sábado, informaram as autoridades do local. O Estádio Nacional de Pequim, conhecido como “ninho de pássaro”, construído para as Olimpíadas de Pequim em 2008, foi fechado esta sexta-feira e permanecerá fechado até 30 de Janeiro para “prevenir e controlar” a propagação da doença. Um espectáculo de neve e gelo no recinto do estádio também foi cancelado.

Local simbólico da China e Património Mundial da UNESCO, a Grande Muralha é muito visitada pelos turistas durante as férias do Ano Novo Chinês. No total, atrai cerca de dez milhões de turistas por ano. O troço da muralha em Juyingguan, a cerca de 60 quilómetros ao norte de Pequim, será fechada. Para a parte da muralha em Simatai (cerca de 110 quilómetros a nordeste da capital), as festividades foram canceladas no templo e testes de temperatura serão impostos a turistas na vila de Gubai, de acordo com um comunicado oficial.

Na quinta-feira, a Cidade Proibida de Pequim, classificada como Património Mundial desde 1987, foi encerrada pelas autoridades chinesas devido à epidemia de um novo tipo de coronavírus. Segundo um comunicado do museu citado pela AFP, o antigo palácio imperial vai fechar as suas portas a partir de sábado com o objectivo de “evitar os contágios ligados aos agrupamentos de visitantes”.

Criança usa uma máscara numa área comercial de Xangai, na China Reuters/ALY SONG
Trabalhadores da estação de Xangai Norte verificam a temperatura de passageiros acabados de chegar à cidade chinesa Reuters/MARTIN POLLARD
Passageira usa máscara dentro da Estação Ferroviária de Pequim, China EPA/WU HONG
Passageiros usam máscaras dentro da Estação Ferroviária de Pequim, na China EPA/WU HONG
Passageiros usam máscaras dentro da Estação Ferroviária de Pequim, na China EPA/WU HONG
Passageiros usam máscaras dentro da Estação Ferroviária de Pequim, na China EPA/WU HONG
Farmácia de Pequim, na China, com prateleiras vazias depois das máscaras respiratórias também esgotarem EPA/WU HONG
Sinal dentro de uma farmácia avisa cidadãos para usarem máscara respiratória em Pequim, China EPA/WU HONG
Passageiros usam máscaras dentro do aeroporto de Guangzhou, na província de Guangdong, China EPA/ALEX PLAVEVSKI
Passageiros usam máscaras dentro da Estação Ferroviária de Hong Kong, na China Reuters/TYRONE SIU
Trabalhador de saúde a caminho de uma vila em Hong Kong, China EPA/JEROME FAVRE
Cidadão olha para os quatros do aeroporto de Wuhan, em Hubei, China, que mostram que vários voos foram cancelados Reuters/STRINGER
Estação ferroviária de Hankou, em Wuhan, China EPA/YUAN ZHENG
A Estação ferroviária de Hankou, em Wuhan, China, está temporariamente encerrada EPA/YUAN ZHENG
Pessoal médico transporta uma pessoa que suspeitam ser portador do vírus em Hong Kong, China Reuters/Stringer .
Médicos tratam de um paciente diagnosticado com pneumonia no Hospital de Zhongnan, em Wuhan, China Reuters/Stringer .
Funcionário desinfecta carruagem em Seul, Coreia do Sul EPA/JEON HEON-KYUN
Farmácias já sem stock de alguns produtos em Singapura EPA/NG SOR LUAN/THE STRAITS TIMES
Cidadãos usam máscaras dentro de um hotel em Singapura depois de outro hóspede ter sido diagnosticado com a doença EPA/TIMOTHY DAVID/THE STRAITS TIMES
Cidadãos fazem fila para receber suplementos de vitamina C e desinfectantes em Hong Kong, China EPA/JEROME FAVRE
Testes de temperaturas em Xianning, cidade que faz fronteira com Wuhan, na China Reuters/MARTIN POLLARD
Passageiros usam máscara dentro de um comboio que vai partir da Estação Ferroviária de Xangai, na China REUTERS
Passageiros circulam num túnel subterrâneo do metro de Pequim, China REUTERS
Pequim, China REUTERS
Monitorização de temperaturas corporais no aeroporto Ninoy Aquino, nas Filipinas REUTERS
Estação de metro de Xangai, China REUTERS
Recomendações das autoridades de saúde sobre o novo coronavírus REUTERS
Passageiros circulam na Estação de metro de Pequim, China REUTERS
Pessoal médico é visto num hospital de Jinyintan, onde várias pessoas infectadas com o vírus estão a receber tratamento REUTERS
Guarda usa máscara na Estação Ferroviária de Pequim, China REUTERS
Cidadãos trabalham no local de construção do novo hospital em Wuhan, na província de Hubei, na China EPA/YUAN ZHENG
Hospital deverá entrar em funcionamento a 3 de Fevereiro EPA/YUAN ZHENG
Cidadãos trabalham no local de construção do novo hospital em Wuhan, na província de Hubei, na China EPA/YUAN ZHENG
Cidadãos trabalham no local de construção do novo hospital em Wuhan, na província de Hubei, na China EPA/YUAN ZHENG
Local de construção do novo hospital em Wuhan, na província de Hubei, na China EPA/YUAN ZHENG
Local de construção do novo hospital em Wuhan, na província de Hubei, na China Reuters/STRINGER
Hospital deverá entrar em funcionamento a 3 de Fevereiro Reuters/STRINGER
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Criança usa uma máscara numa área comercial de Xangai, na China Reuters/ALY SONG

Em Xangai, a Disneyland anunciou que encerrava e o Cirque du Soleil informou que suspenderia um espectáculo na China, a pedido das autoridades.

A região metropolitana de Wuhan, epicentro deste novo tipo de coronavírus, está a construir um hospital de 25.000 metros quadrados para acolher pacientes do surto da doença.

O novo vírus, que causa pneumonias, foi detectado na China no final de 2019. No território continental chinês há registo de mais de 800 pessoas infectadas e cerca de 1000 casos suspeitos, tendo sido detectados outros casos em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.

As autoridades chinesas consideram que o país está no ponto “mais crítico” no que toca à prevenção e controlo do vírus e colocaram em quarentena, impedindo entradas e saídas, três cidades onde vivem mais de 18 milhões de pessoas — Wuhan, a as vizinhas Huanggang e Ezhou. Num esforço sem precedentes para tentar travar a propagação, cancelaram também as comemorações do Ano Novo chinês em várias localidades, incluindo a capital, Pequim.

Em Portugal, e Direcção-Geral de Saúde anunciou a activação dos dispositivos de saúde pública de prevenção, enquanto o Centro Europeu de Controlo de Doenças elevou para moderado o risco de contágio na União Europeia (UE), continuando a monitorizar a situação e a realizar avaliações rápidas de risco. Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.

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