O Gajo ao vivo no auditório do PÚBLICO

Foi em 2016 que João Morais, punk-rocker em grupos como os Corrosão Caótica ou os Gazua resolveu adoptar como nome artístico O Gajo, trocando a viola eléctrica pela viola campaniça e procurando explorar novas sonoridades a partir das matrizes tradicionais.

O álbum Longe do Chão, editado em 2017, foi o primeiro resultado dessa metamorfose. Dois anos depois, em 2019, apostou num projecto com um nome familiar: As 4 Estações. Não as de Vivaldi (cujo título contribuiu para estabelecer estas) mas quatro estações de comboio de Lisboa: Rossio, Santa Apolónia, Cais do Sodré e Alcântara-Terra.

Gravou para cada uma um EP com cinco canções, num total de vinte, e foi-os lançando ao longo do ano. “São pontos de partida, daí serem todos estações de Lisboa, a cidade onde nasci e cresci”, explicou ele ao PÚBLICO.

Com João Morais (ou O Gajo) participaram nestes discos vários convidados especiais: José Anjos (poesia), Joana Guerra (violoncelo), Carlos Barretto (contrabaixo) e Karlos Rotsen (piano) participando em temas criados especificamente para eles.