Aqui não há gato

O musical de Andrew Lloyd Webber chega ao grande ecrã como um bizarro espectáculo de vaudeville de fancaria digital do qual só os veteranos de palco se salvam.

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Um bizarro espectáculo de vaudeville de fancaria: Cats
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,Victoria o gato branco
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As actuais convulsões do mundo do cinema fazem pensar no momento dos anos 1960 em que a “velha Hollywood” ainda não tinha aberto as portas à “nova Hollywood” e andava à toa sobre como recuperar o público que estava a perder. Era uma altura em que atirar dinheiro para o ecrã e adaptar os êxitos musicais dos palcos da Broadway era uma das “soluções”, com resultados no geral desastrosos, que deram origem a monstruosidades como Richard Harris e Vanessa Redgrave em Camelot ou Clint Eastwood e Jean Seberg em Os Maridos de Elizabeth. Embora Cats, o musical de Andrew Lloyd Webber inspirado nos poemas de T. S. Eliot, seja de 1981, esta adaptação ao cinema tem tudo de um filme de final dos anos 1960: num momento em que os grandes estúdios parecem só estar interessado em franchises replicáveis ad eternum, Cats é dinheiro atirado para o ecrã a adaptar um êxito incontornável do West End e da Broadway, com um elenco all-stars de actores mais do que respeitáveis, como Judi Dench, Idris Elba ou Ian McKellen.

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