Em meio ano, Porto recebeu 187 pedidos de licenciamentos para projectos imobiliários
A Baixa da cidade é o principal destino do investimento, com 50 projectos em carteira. Zona da Lapa e Campanhã estão também no radar dos investidores
Os números dizem respeito aos primeiros seis meses do ano e mostram um mercado com ganas de investimento e olhos voltados para a Baixa do Porto. Em seis meses, entraram em processo de licenciamento 187 projectos imobiliários nas nove Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) da cidade, concluiu a Confidencial Imobiliário (CI).
A preferência pela Baixa era “expectável”, aponta Ricardo Guimarães, director da CI, citado no comunicado desta empresa de estatísticas. É que esta ARU, acrescenta, é aquela que tem mais procura, concentrando, também no primeiro semestre de 2019, quase metade (48%) de “todo o investimento imobiliário contabilizado pelo SIR-Reabilitação Urbana”, ferramenta de market intelligence para os profissionais do mercado imobiliário que operam na reabilitação urbana.
Nesta geografia estão 50 novos projectos, em 34,8 mil metros quadrados, o que representa 27% da carteira contabilizada em todas as ARU. Também na Lapa, zona para onde a Câmara do Porto apresentou um projecto de construção de um parque urbano, habitação e residência universitária, entrou no radar dos investidores. Para ali existem 31 projectos (17% do total).
No extremo leste da cidade, em Campanhã, freguesia mais pobre do Porto, existem 26 projectos (14% do total), enquanto o centro histórico contabiliza 20 projectos (11%), tal como a Foz Velha.
Na lista das ARU mais dinâmicas segue-se o Bonfim, com 15 projectos, Massarelos, com 12, Corujeira, com oito, e Lordelo do Ouro, com cinco.
Se a contabilidade tiver em conta a área, Massarelos ganha destaque, passando para a segunda ARU com maior peso, logo a seguir à Baixa e antes de Campanhã.