Aumento da capacidade do espaço aéreo de Lisboa foi aprovado

As autoridades aeronáuticas estudaram a viabilidade de acomodar gradualmente o aumento 44 para 72 movimentos por hora no espaço aéreo de Lisboa

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Andreia Gomes Carvalho

O projecto para aumentar a capacidade aeroportuária de Lisboa dos actuais 44 para até 72 movimentos por hora foi aprovado pelas autoridades aeronáuticas. Em comunicado, a NAV - Navegação Aérea de Portugal deu conta da decisão tomada há cerca de um mês relativa à reorganização do espaço aéreo da chamada Área Terminal de Lisboa. Esta reorganização é uma necessidade para acomodar a expansão do aeroporto de Lisboa, não só no Humberto Delgado, mas também nas outras infra-estruturas aeroportuárias que recebem movimentos de aviões civis e militares.

O projecto de reorganização do espaço aéreo foi estudado pelo INFANAV, a comissão permanente de navegação aérea que integra para além da NAV, também a ANAC - Autoridade Nacional da Aviação Civil e a Força Aérea Portuguesa.

O documento, que prevê a cedência de espaço aéreo de Sintra, com os termos já acordados para a futura Carta de Operação a celebrar entre as mesmas entidades, mas para a cedência parcial do espaço aéreo de Monte Real, garante as condições necessárias para se avançar com o aumento gradual da capacidade do sistema aeroportuário de Lisboa até 72 movimentos/hora.

Os termos previstos nestes acordos entre a Força Aérea e a NAV “prevêem a cedência de espaço aéreo de Sintra a partir de Abril de 2020 e a cedência parcial do espaço aéreo de Monte Real a partir do Verão IATA 2021”. No caso de Sintra, o objectivo visa a viabilização do novo sistema de encaminhamento de tráfego já a partir de Abril de 2020.

“Através dos acordos são redefinidos limites verticais e laterais do espaço aéreo sob jurisdição militar, assim como limites verticais da ATL de modo a permitir novos procedimentos para o aeródromo de Cascais”, refere o comunicado.

“Os acordos foram desenhados de forma a garantir igualmente a execução das missões da Força Aérea, necessárias para assegurar a prontidão do seu sistema de forças”, acrescenta.

De acordo com a NAV, a reorganização operacional do espaço aéreo em curso “não só irá aumentar a capacidade aeroportuária de Lisboa, como oferecerá uma estrutura de espaço aéreo mais eficiente, permitindo uma melhor gestão do tráfego na fase de aproximação a Lisboa e, desta forma, a redução de atrasos e do total de emissões de gases de estufa associadas ao transporte aéreo”.

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