Bob, o trabalhador: uma vítima da carga horária excessiva

Até 24 de Novembro, o Teatro da Cidade apresenta no D. Maria II, em Lisboa, Karoshi, uma peça que coloca em palco uma morte por excesso de trabalho. Uma morte física, mas também dos desejos e da humanidade de um trabalhador.

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Filipe Ferreira
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Em Abril deste ano, durante a contagem dos votos das eleições na Indonésia, 270 pessoas morreram por excesso de trabalho e exaustão. Mais de 770 milhões de boletins de voto divididos por sete milhões de pessoas desencadearam um dos casos mais notados daquilo que o Ministério da Saúde japonês designou por karoshi, ao cunhar, em 1987, a causa dos recorrentes óbitos causados pelas horas a mais em que os trabalhadores não se permitem (ou não lhes é permitido) descansar. O problema na cultura japonesa foi identificado no pós-II Guerra Mundial, quando as jornadas de trabalho se esticaram até ao limite e começaram a fazer vítimas. Depois, uma cultura de trabalho cada vez mais obsessiva e violenta fizeram o resto.

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