“A tirania ainda não está à nossa porta, mas os sinais são alarmantes”

Crítico de Trump, o vencedor de um Pulitzer em 2003 com a investigação aos abusos sexuais a menores na Igreja Católica traça um cenário negro ao jornalismo e critica o desperdício de recursos na corrida ao que é viral nas redes sociais.

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Daniel Rocha
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Não gosta do que o Presidente dos EUA trouxe para a política norte-americana e não hesita em apelidar Donald Trump de demagogo. Walter Robinson é mais um dos “inimigos do povo”, como lhe chama o líder norte-americano. Num sorriso amargo, ironiza que até tem uma camisola com a frase “enemy of the people” lá por casa. Robinson era o editor responsável pela equipa de quatro jornalistas de investigação que em 2002 denunciou o encobrimento por parte da Igreja Católica de centenas de padres pedófilos nos Estados Unidos. Duas décadas depois, e no centro de uma redacção reduzida para metade, a equipa de investigação norte-americana Spotlight cresceu e tem hoje nove jornalistas. Mas Robinson sabe que o jornalismo de investigação está fragilizado. E que sem ele a sobrevivência da democracia fica em questão. A conversa com a jornalista ocorre à margem de uma palestra que deu na Universidade Católica de Lisboa, uma instituição baptizada com o nome da religião cujo escrutínio lhe valeu um prémio Pulitzer de Serviço Público em 2003.

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