A força com que fechamos os olhos

O Portugal do respeitinho, que fora abalado no tempo de Passos Coelho está desejoso de regressar. Digo isto porque a vontade de fechar os olhos voltou – e vê-se muito bem.

No debate de apresentação do programa de Governo, Rui Rio deu prova de vida com uma série de acusações mais musculadas do que é seu hábito: queixou-se da dimensão do executivo; perguntou quando ia ser lançada a segunda pedra da ala pediátrica do Hospital de São João; criticou os preconceitos ideológicos em torno das PPP da saúde; distribuiu bicadas a Mário Centeno e a João Galamba; questionou o negócio do lítio e o adiamento do programa Sexta às 9. Sobre qualquer um destes assuntos, António Costa não esclareceu coisíssima nenhuma, preferindo acusar Rui Rio de estar a “fazer um estágio para ser comentador televisivo” e aconselhando-o a abster-se de promover no Parlamento aquilo a que chamou “julgamentos de tabacaria”.

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No debate de apresentação do programa de Governo, Rui Rio deu prova de vida com uma série de acusações mais musculadas do que é seu hábito: queixou-se da dimensão do executivo; perguntou quando ia ser lançada a segunda pedra da ala pediátrica do Hospital de São João; criticou os preconceitos ideológicos em torno das PPP da saúde; distribuiu bicadas a Mário Centeno e a João Galamba; questionou o negócio do lítio e o adiamento do programa Sexta às 9. Sobre qualquer um destes assuntos, António Costa não esclareceu coisíssima nenhuma, preferindo acusar Rui Rio de estar a “fazer um estágio para ser comentador televisivo” e aconselhando-o a abster-se de promover no Parlamento aquilo a que chamou “julgamentos de tabacaria”.