Corticeira Amorim espera fechar 2019 com receitas de 800 milhões

O City Cortex, projecto que junta a Corticiera Amorim e a ExperimentaDesign, vai promover a cortiça em Nova Iorque através do design e da arquitectura.

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ADRIANO MIRANDA

A Corticeira Amorim espera apresentar um ligeiro crescimento da actividade face ao ano de 2018. Em conferência de imprensa, esta segunda-feira, para a apresentação do mais recente projecto de promoção da cortiça, City Cortex, em conjunto com a ExperimentaDesign, António Rios Amorim, presidente da corticeira, referiu que o crescimento do volume de negócios em 2019 deve ser de cerca de 3%, em linha com as expectativas do início do ano.

“Estamos com algum crescimento face ao ano passado nas exportações até final de Agosto”, disse o gestor. A situação é também ajudada pela “valorização do dólar” e pelo “ajustamento de preços de mercado”. António Rios Amorim referiu como parte negativa a fraca campanha “dos vinhos” que são agora engarrafados, mas o seu balanço mantém-se positivo.

“Temos uma tendência de crescimento à volta dos 3% que é a expectativa que tínhamos no início do ano”, disse. Este crescimento faz com que a corticeira se aproxime “dos 800 milhões de euros no volume de negócios consolidado de 2019”.

Na sua facturação, ainda é a rolha que tem o maior peso. Apesar das diversas inovações em que a Amorim tem investido, o líder da empresa admite que “não há nenhuma aplicação até hoje que crie tanto valor à cortiça como a rolha”, que “representa 27% da quantidade de cortiça exportada”.

Segundo o Amorim, 95% do volume de negócios é feito no estrangeiro.

A cortiça portuguesa nas ruas de Nova Iorque

O projecto City Cortex nasceu da necessidade de as cidades serem actualizadas, tendo em conta as alterações climáticas e outros problemas como mobilidade e segurança, explica Guta Moura Guedes, presidente e directora criativa da ExperimentaDesign. O objectivo do projecto é dar a conhecer a versatilidade da cortiça, aplicá-la no contexto urbano e frisar o facto de ser um material sustentável.

A cidade escolhida, Nova Iorque, é, segundo a directora criativa, “o paradigma do urbano” o que a torna o melhor “palco” para o projecto. A responsável tem confiança que a seguir a Nova Iorque mais cidades queiram implementar a cortiça na sua arquitectura e design. Também António Amorim reconhece a importância que o mercado dos Estados Unidos tem no negócio da cortiça: é “o país que mais acreditou na cortiça para além da rolha, o mercado com maior potencial”.

Com a missão de “acrescentar valor à cortiça”, o presidente da corticeira referiu que este projecto é importante pois demonstra o investimento que tem sido feito na investigação para “alargar os horizontes da cortiça”.

Sobre o projecto não há ainda um valor fechado para o investimento porque está dependente da “intervenção pública” que a cidade de Nova Iorque escolhe fazer com este material, dado que se o projecto for permanente alterará toda a sua dimensão, disse António Amorim.

O City Cortex está previsto chegar às ruas de Nova Iorque no final do primeiro semestre de 2020.

Texto editado por Pedro Ferreira Esteves

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