“Nenhum país está imune ao populismo. Também pode acontecer aqui”

Yascha Mounk alerta as elites portuguesas para o risco do populismo: “Estão a cometer o mesmo erro que já vimos acontecer no Reino Unido, na Alemanha, nos EUA, no Brasil, que é dizer: nós temos uma história diferente, estamos imunes, isso não vai acontecer aqui.”

Foto
Nuno Ferreira Santos/PÚBLICO

Foi livro do ano do Financial Times em 2018 ou da revista Prospect. Sobre ele escreve a Economist que, “num campo em que não faltam livros, este destaca-se pela qualidade das respostas (…) Oferece-nos uma admirável combinação entre saber académico e sentido político.” O tema de Povo vs Democracia é incontornável: a crise das democracias liberais que hoje se vive nas mais velhas democracias ocidentais e um pouco pelo mundo inteiro. A doença chama-se populismo. As suas origens, segundo o autor, estão na estagnação dos rendimentos das classes médias, na passagem das nossas sociedades de relativamente homogénicas para multiétnicas, na entrada em cena da Internet e das redes sociais. Mounk nasceu na Alemanha, filho de pais polacos, estudou em Cambridge no Reino Unido, doutorou-se em Harvard e ensina na Johns Hopkins. Esteve em Lisboa para apresentar o seu livro, agora traduzido em português e editado pela Lua de Papel. Foi a oportunidade para uma longa conversa. 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Foi livro do ano do Financial Times em 2018 ou da revista Prospect. Sobre ele escreve a Economist que, “num campo em que não faltam livros, este destaca-se pela qualidade das respostas (…) Oferece-nos uma admirável combinação entre saber académico e sentido político.” O tema de Povo vs Democracia é incontornável: a crise das democracias liberais que hoje se vive nas mais velhas democracias ocidentais e um pouco pelo mundo inteiro. A doença chama-se populismo. As suas origens, segundo o autor, estão na estagnação dos rendimentos das classes médias, na passagem das nossas sociedades de relativamente homogénicas para multiétnicas, na entrada em cena da Internet e das redes sociais. Mounk nasceu na Alemanha, filho de pais polacos, estudou em Cambridge no Reino Unido, doutorou-se em Harvard e ensina na Johns Hopkins. Esteve em Lisboa para apresentar o seu livro, agora traduzido em português e editado pela Lua de Papel. Foi a oportunidade para uma longa conversa.