CDU Os políticos são como os cogumelos: uns são bons, outros venenosos

Jerónimo de Sousa lamentou que a simpatia e o acolhimento que sente à campanha da CDU muitas vezes não se traduza em votos.

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Jerónimo de Sousa (CDU) LUSA/ESTELA SILVA

Os cogumelos serviram como imagem para vários recados nesta quarta-feira. Depois de trocar, apenas por questões de agenda – porque continua a gostar de bifes e de cogumelos, “sem contradições”, garantiu , a visita a uma vacaria por uma exploração de cogumelos biológicos num vale do Lima, Jerónimo de Sousa aproveitou para deixar recados no ar ao saborear umas tirinhas daquele fungo acabadinho de apanhar e salteado na frigideira. 

Há cogumelos venenosos, há cogumelos sãos; é como na política. A política, quando é exercida para servir os interesses dos trabalhadores, do povo e do país, é boa, vale a pena participar na vida política e travar estes combates”, disse. “Mas depois, o veneno... há sempre, muitas vezes até surpreendentemente vindo de quem não se espera....”, acrescentou. E de quem recebeu um veneno que não esperava? “Ah, isso não digo”, respondeu, rindo.

Jerónimo não crê que o PSD seja o cogumelo destas eleições e que venha a ter bom resultado à última hora e vai lamentando que a simpatia e o acolhimento que sente à campanha da CDU “muitas vezes” não se traduza em votos. “Temos essa consciência...”

À tarde, à porta do Laboratório Ibérico de Nanotecnologia, um projecto luso-espanhol onde os 400 investigadores de 40 países têm estatuto de diplomatas e condições com que sonham os bolseiros da FCT, o líder do PCP justificou-se dizendo que gosta de apontar os problemas do país e as coisas muito boas, como é o caso – mas fugindo a dizer se o mesmo país trata de forma censuravelmente diferente os seus investigadores. O dia, muito preenchido, ainda teve uma sessão com os trabalhadores do têxtil (sector que está novamente a atravessar dificuldades), um jantar com intelectuais da região do Porto e um comício em Gaia.

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