Carlos Lopes: “Os africanos têm de aproveitar a obsessão europeia com a migração”

O antigo assessor político de Kofi Annan, que encerrou em 2016 uma longa carreira na ONU, defende uma transformação estrutural de África, com uma aposta na industrialização verde e uma maior integração. “A África fragmentada não tem futuro”, garante.

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Carlos Lopes refere que o desenvolvimento de África depende da China, que está a "expandir a influência" a um custo muito barato, por isso é preciso maior integração Andreia Gomes Carvalho

Encerrou há três anos a sua carreira na ONU por vontade própria, depois de ter sido “braço-direito” do então secretário-geral Kofi Annan e de exercer vários cargos de topo, o último como chefe da Comissão Económica para África. Dedica-se agora à “actividade puramente académica” (professor na Universidade da Cidade do Cabo), ao aconselhamento estratégico de dirigentes africanos (ajudou a elaborar o documento Agenda 2063 para a União Africana) e à divulgação de ideias, tendo lançado recentemente em inglês Africa in Transformation - Economic Development in the Age of Doubt. É um livro optimista sobre o desenvolvimento do continente africano através da industrialização.

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