A maternidade é “um peso terrível” e “uma injustiça” para muitas mulheres

É urgente impedir que a tarefa de cuidar de uma criança continue a pesar quase exclusivamente sobre as mulheres, apela a investigadora Filipa César, cuja tese de doutoramento dá voz às mães que não conseguem encaixar-se no ideal de maternidade que lhes foi vendido.

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JOAO GUILHERME / PUBLICO

A definição socialmente aceite do que é ser mãe – do que é ser “boa mãe” pelo menos – aproxima-se bastante dos ideais românticos das histórias cor-de-rosa: é abnegada, disponível, inundada de afecto e amor incondicionais pelo seu bebé. Torna-se exímia nas melhores técnicas para congelar a sopa (com legumes biológicos, de preferência), dispensa as papas instantâneas sem se exasperar, e, proprietária de uma infinita paciência, faz-se omnipresente em todas as etapas do desenvolvimento da criança. Nunca falta a uma reunião da escola, jogo de futebol ou espectáculo de bebé.

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