Nissan anuncia despedimento de 12.500 pessoas

Número foi divulgado nesta quinta-feira, depois de o grupo japonês ter apresentado os seus resultados oficiais, que apontam para uma queda dos lucros. Os 22 trabalhadores da Nissan em Portugal não deverão ser afectados.

Foto
Hiroto Saikawa, presidente executivo do grupo nipónico, abandona a sala depois de ter apresentado os resultados do segundo trimeste da Nissan Reuters/ISSEI KATO

O grupo automóvel japonês Nissan anunciou nesta quinta-feira o despedimento de 12.500 trabalhadores e a redução de sua produção de automóveis em 10% até 2022-2023, após ter registado uma queda dos lucros.

No primeiro trimestre do ano fiscal 2019/20 (Abril a Junho), a Nissan, que tem como parceira a francesa Renault, viu o seu lucro líquido cair quase 95%, para 6,4 mil milhões de ienes (53 milhões de euros), enquanto o seu volume de negócios recuou 12,7% no mesmo período.

Esta quarta-feira, vários órgãos de comunicação noticiaram que estariam em risco dez mil postos de trabalho. Agora, com a apresentação oficial dos resultados do grupo, foi assumida uma redução mais drástica do número de trabalhadores.

Em Maio, quando o grupo apresentou resultados anuais catastróficos, o presidente executivo, Hiroto Saikawa, tinha prometido “reformas drásticas” que podiam afectar 4800 trabalhadores.

No ano fiscal de 2018, que terminou em Março, a Nissan anunciou uma redução anual de 57,3% nos lucros e 3,2% nas receitas. As vendas nos Estados Unidos caíram 9,3% e as vendas na Europa, excluindo a Rússia, caíram 17,8%.

O clima empresarial foi também afectado pela detenção do então presidente, Carlos Ghosn, a 19 de Novembro de 2018, por supostas irregularidades financeiras.

A Nissan tem cerca de 139.000 empregados em todo o mundo.

Notícia actualizada com informação sobre o impacto das medidas em Portugal