Rui Rio diz que é de “mau tom” fazer críticas enquanto fogo ainda decorre

Presidente do PSD não se coibiu de dar recados a Marcelo Rebelo de Sousa, que tinha por hábito acorrer às zonas afectadas por grandes incêndios.

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Paulo Pimenta

O presidente do PSD, Rui Rio, considera que é de “mau tom” fazer críticas e avaliar responsabilidades quando os incêndios ainda estão a ser combatidos. Questionado pelos jornalistas sobre o incêndio que deflagrou no sábado em Vila de Rei, Rui Rio salientou que esta “não é a altura” para se estarem a fazer críticas ou a apurar responsabilidades, considerando de “mau tom” que isso aconteça enquanto o fogo está a ser combatido.

“Quando estão os incêndios a decorrer e em que todos nós devemos ajudar a que se apague o incêndio não é o momento de se estar a fazer visitas. Fui criticado por isso [por não fazer visitas] e hoje, mesmo aqueles que fizeram visitas, agora já não fazem porque percebem que não devem ser feitas”, acrescentou o líder do PSD, que falava aos jornalistas durante uma reunião preparatória da campanha social-democrata para as legislativas de Outubro, que decorre em Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra. A crítica vai direitinha para o Presidente da República, cuja presença nos incêndios de 2017 suscitou polémica e que agora justifica sempre que não vai ao terreno porque essa foi a recomendação do observatório que analisou aqueles fogos.

Nesta altura, defendeu Rui Rio, todas as pessoas devem estar solidárias “com todos os que estão a combater os incêndios, a começar pelos bombeiros e depois, naturalmente, as próprias vítimas”.

Para Rui Rio, enquanto o combate decorre não se deve “criar qualquer perturbação, antes pelo contrário”. “Depois de tudo terminado, aí sim, devemos tirar conclusões, ver que erros possam ter havido para que sejam corrigidos, e apontar, naturalmente, os responsáveis”, disse.

O fogo que deflagrou sábado em Vila de Rei (Castelo Branco) e que afecta também Mação (Santarém) mantém-se dominado em 90%, existindo ainda zonas “muito quentes”, sendo as próximas horas encaradas “com muita reserva”, disse hoje a protecção civil.

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