PCP manifesta pesar pela morte de antigo dirigente Areosa Feio

Combatente antifascista nos tempos da ditadura de Salazar e antigo presidente do Fundo de Fomento da Habitação.

O PCP manifestou nesta sexta-feira o seu pesar pela morte aos 97 anos do dirigente comunista António Areosa Feio, que foi presidente do Fundo de Fomento da Habitação e chefe de gabinete de vários secretários de Estado de governos provisórios após o 25 de Abril de 1974.

Areosa Feio foi um destacado militante antifascista nos tempos da ditadura de Salazar, tendo sido preso pela primeira vez em 1946, acusado de pertencer ao Partido Comunista desde fins de 1942. Foi julgado no Tribunal Plenário de Lisboa e condenado a 18 meses de prisão.

Preso de novo em 1949, é condenado e, em fins de Junho de 1953, sai em regime de liberdade condicional, por três anos.

Depois de libertado manteve a actividade política, fazendo parte da Comissão Nacional para a Defesa da Paz (1950) e das comissões eleitorais das candidaturas à Presidência da República de Norton de Matos (1949), Ruy Luís Gomes (1951), Arlindo Vicente (1958) e Humberto Delgado (1958), segundo uma nota divulgada hoje pelos comunistas de Lisboa.

Em 1959, assinou, com outros oposicionistas, um documento, datado de 18 de Março, em que se pedia a Salazar que, por ocasião da sua última lição em Coimbra, se verificasse “também o seu afastamento da vida política”. De novo preso em 1963, foi outra vez julgado no Tribunal Plenário de Lisboa, sendo então condenado a 24 meses de prisão, que cumpriu integralmente.

Em 1971 foi um dos subscritores do panfleto «Ao Povo de Lisboa», que denunciava a situação dos presos políticos. Em 1973, fez parte da Comissão Nacional do III Congresso da Oposição Democrática, realizado em Aveiro, e apresentou uma tese intitulada “Significado do III Congresso da Oposição Democrática”.

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