Dylan por Scorsese: os ilusionistas

Durante sete semanas de 1975, Bob Dylan e uma trupe imensa de músicos e outros artistas percorreram os Estados Unidos. Foi uma experiência, um manifesto, uma utopia. O filme que Martin Scorsese dedica à digressão, Rolling Thunder Revue – a Bob Dylan Story, não se limita a recordá-la. Engana-nos para, nesse gesto, fazê-lo maior que simples memória. Para fazer eco com o presente. O Dylan de máscara branca no rosto diz sempre a verdade.

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“Se um mistério é desvendado, cai o processo. Neste caso, no caso Dylan, o mistério nunca é resolvido, portanto o processo continua. Continua a aparecer. Uma e outra vez ao longo dos anos. Quem é esta personagem afinal?”. Escreveu-o Sam Shepard em Rolling Thunder Logbook (1976) e essa é realmente a pergunta que se faz há muito, muito tempo. Tempo suficiente para que o mito se tenha tornado realidade e para que a questão – “quem é esta personagem afinal?” – se te tenha tornado a única resposta possível. Eis o que nos mostra Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story, o filme estreado a semana passada no Netflix com que Martin Scorsese dá sequência à relação com Bob Dylan depois do celebrado No Direction Home.

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