Vinhos de Portugal chegam a São Paulo com prova vertical de Barca Velha

Depois do Rio, o evento leva os vinhos portugueses a São Paulo de 7 a 9 de Junho. Concertos de Márcia e Adriana Calcanhotto, “batalhas” de tintos e brancos e muitas provas de vinho no mais importante mercado do Brasil.

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No Rio, o evento recebeu cerca de nove mil visitantes Eduardo Uzal

Depois de três dias no Rio de Janeiro apresentando os seus vinhos às cerca de nove mil pessoas que passaram pelo Vinhos de Portugal no Rio, mais de 70 produtores portugueses fizeram as malas e partiram para São Paulo onde, a partir de hoje e até domingo, vão estar no shopping J.K. Iguatemi à conquista daquele que é o mais importante mercado no Brasil para quem está no negócio do vinho.

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O icónico Barca Velha Adriano Miranda

Este ano, o evento – uma organização dos jornais PÚBLICO (Portugal), O Globo e Valor Econômico (Brasil), em parceria com a ViniPortugal e curadoria da Out of Paper – traz várias novidades. A que mais expectativa está a criar é a prova vertical de Barca Velha, o icónico vinho do Douro, que será apresentada pelo seu enólogo, Luís Sottomayor, na sexta-feira ao início da noite. No Rio tinha já havido uma vertical de Pêra-Manca, outro vinho icónico, este da Fundação Eugénio de Almeida, Alentejo, apresentada pelo respectivo enólogo, Pedro Baptista – e à qual Luís Sottomayor assistiu.

A música e temas que cruzam com o vinho de diferentes formas ganharam também este ano um novo espaço, o palco Vinhos Com. E se no Rio de Janeiro o concerto do dia de abertura coube ao músico português Tiago Bettencourt, em São Paulo será Márcia quem irá tocar para o público brasileiro. E caberá a Adriana Calcanhotto, que tem acompanhado desde a primeira edição este evento que vai no sexto ano no Rio e no terceiro em São Paulo, encerrar a noite de domingo.

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O Master of Wine Dirceu Vianna Júnior e Lígia Santos, da Caminhos Cruzados no Dão Eduardo Uzal

Pelo palco Vinho Com passarão ainda temas como a gastronomia, as mulheres produtoras (uma conversa com Lígia Santos, da Caminhos Cruzados no Dão, Sofia Prazeres, da Quinta de São José no Douro, e Clara Roque do Vale, do Monte da Capela no Alentejo) ou os “vinhos com sotaque”, histórias de estrangeiros que se lançaram no mundo do vinho em Portugal (Marcelo Lima, da Quinta da Covela, Anna Jorgensen, da Cortes de Cima, Dorina Lindemann, da Quinta da Plansel, Alentejo).

Os críticos portugueses e brasileiros e o Master of Wine Dirceu Vianna Júnior vão apresentar provas com diferentes temas, dos grandes tintos ou dos brancos que envelhecem bem (Jorge Lucki) aos grandes vinhos do Douro e os grandes Porto (Manuel Carvalho), aos vinhos do Alentejo harmonizados com queijos da região (Jorge Lucki e Alexandra Prado Coelho), passando ainda pelos vinhos de talha e os orgânicos e naturais (Dirceu Vianna Júnior).

Mas se estes são os cursos principais, com entrada paga, há muitas outras oportunidades para, em encontros mais informais, conhecer melhor os vinhos portugueses. Para além do Salão de Degustação onde os produtores vão receber no arranque do evento os profissionais do sector e depois, ao longo dos três dias, os consumidores finais, há ainda o espaço Tomar um Copo. Aí, em conversas de vinte minutos nas quais se podem provar dois vinhos, vai falar-se do Alentejo, Douro e Dão “na primeira pessoa”, em conversas entre os críticos e os enólogos ou produtores presentes.

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