Dos passos perdidos de Melville a um Miró inspirado pela poesia

Uma Nova Iorque em renovação traz algumas boas notícias, entre um livro de fotografias e textos de László Krasznahorkai, o novo The Center for Fiction, a atracção chamada Vessel e um permanente Miró a desafiar todas as novidades.

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KEYSTONE-FRANCE/Gamma-Rapho via Getty Images

“Haverá vida depois de Moby Dick?”, interrogou-se o escritor húngaro László Krasznahorkai. A pergunta era pouco mais do que um bom pretexto para uma incursão pela cidade de Nova Iorque. Com uma bolsa atribuída pela New York Public Library, Krasznahorkai decidiu seguir os passos de Herman Melville e chegou a uma intrincada rede de conexões. “Manhattan, Melville, [Malcolm] Lowry, as três palavras giraram na minha cabeça. Eu sabia que existia alguma ligação entre os dois nomes e o lugar, mas não fazia ideia de que haveria também um terceiro nome. Quando descobri, já estava sujeito a uma forte força gravitacional.” O escritor mergulha na cidade com as suas influências literárias e artísticas, e o terceiro nome de que fala é o do arquitecto e artista Lebbeus Woods. Estão todos num belo livro assinado precisamente por László Krasznahorkai com as fotografias de Ornan Rotem. Chama-se The Manhattan Project, nome tirado ao famoso projecto que esteve por detrás da construção das primeiras bombas atómicas durante a Segunda Guerra Mundial. Uma refinada provocação.

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