Taxa de juro dos contratos à habitação está a crescer há cinco meses

Subida é mais expressiva nos contratos recentes, onde o aumento foi de 15 pontos base, para 1,411%.

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Juros dos empréstimos à habitação estão em mínimos históricos. Adriano Miranda / Publico

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação aumentou pelo quinto mês consecutivo, passando dos 1,066% em Março para os 1,073% em Abril. Ou seja, um aumento de sete pontos base na variação mensal, revelou, esta terça-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O aumento é mais expressivo nos contratos celebrados nos últimos três meses, onde a taxa de juro subiu 15 pontos base, passando de 1,396% para 1,411%.

Em Abril de 2018, a taxa do conjunto de empréstimos estava ligeiramente mais baixa, em 1,031%, mas a taxa dos novos contratos (três meses anteriores) estava mais alta, em 1,559%. O mínimo histórico da série (iniciada em Janeiro 2009) foi atingido em Janeiro de 2017, com a taxa a cair para 1,007%, bem longe do máximo de 1,559%. A descida das taxas Euribor, que estão na base da quase totalidade dos contratos, explica esta evolução.

Os dados do INE mostram que, em Abril do corrente ano, o capital médio em dívida subiu 77 euros, fixando-se em 52.686 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, “o montante médio do capital em dívida superou pela primeira vez os 100.000 euros”.

A prestação média subiu um euro, para 246 euros no conjunto dos contratos. Deste valor, 47 euros (19%) correspondem a pagamento de juros e 199 euros (81%) a capital amortizado. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação subiu 12 euros, para 336 euros.

A estatística Taxas de Juro Implícitas no Crédito à Habitação baseia-se num procedimento administrativo que utiliza informação das instituições bancárias, enviada ao INE, ao abrigo de um protocolo existente.

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