Reestruturação da dona do Minipreço já pode avançar

Empresário russo, maior accionista da sociedade, já nomeou a maioria dos membros do conselho de administração do DIA.

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Grupo dia inicia nova vida, pleas mãos de Mikhail Fridman Reuters/Juan Medina

A companhia LetterOne, do empresário de origem russa Mikhail Fridman, que é já o maior accionista do grupo de distribuição espanhol DIA, nomeou esta terça-feira a maioria dos membros do conselho de administração, a condição que faltava para arrancar com o processo de reestruturação da empresa que em Portugal detém uma rede de 528 supermercados Minipreço/Dia e 71 drogarias Clarel.

As duas condições anteriores prenderam-se com a aceitação do seu plano de reestruturação em bolsa, que permitiram a Mikhail Fridman o controlo da empresa, e pelos bancos credores.

Em comunicado, a empresa anunciou que o Conselho de Administração da DIA foi renovado, na sequência da aceitação das demissões apresentadas pelos administradores Richard Golding, Mariano Martín Mampaso, Antonio Urcelay Alonso, María Garaña Corces, Julián Díaz González, Angela Spindler e Borja de la Cierva Álvarez de Sotomayor como administradores e membros das comissões do Conselho de Administração da empresa.

Pela LetterOne, foram nomeados Stephan DuCharme, novo presidente do Conselho de Administração, e Karl-Heinz Holland como CEO (Chief Executive Officer Grupo DIA). Christian Couvreux e Stephan DuCharme e Jaime García-Legaz Ponce foram nomeados membros da Comissão de Compromissos e Remunerações. E Sergio Antonio Ferreira Dias e José Wahnon Levy foram designados como membros da Comissão de Auditoria e Conformidade.

As primeiras declarações do novo presidente do Conselho de Administração do Grupo DIA são de satisfação pelo “acordo com todos os credores para garantir uma estrutura de capital viável a longo termo”, garantindo que os novos “donos” irão “trabalhar com os credores de forma expedita para concluir a injecção de 380 milhões de euros adicionais no negócio, para além do aumento de capital de 500 milhões de euros. Isso irá garantir a criação de uma plataforma sólida para a reestruturação do negócio em Espanha, Portugal, Brasil e Argentina”.

“Temos uma visão clara: tornar o DIA num retalhista alimentar de proximidade líder, e enquanto investidores a longo prazo, sabemos que isto irá requerer paciência e muito trabalho”.

Cumpridas as três condições, a LetterOne acredita que “o aumento de capital de 500 milhões de euros é suficiente para afastar a causa de dissolução por perdas, ao restaurar o equilíbrio patrimonial da DIA”. Adicionalmente, a injecção de capital e “as novas linhas de financiamento por um valor total de 380 milhões de euros” previstos no acordo obtido com a banca, “constituem uma solução dos problemas de liquidez que a DIA estava a atravessar, e proporcionam uma estrutura de capital viável de longo prazo”.

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