A arte africana está na moda e chegou à ARCOlisboa

Pela primeira vez, a mais importante feira de arte portuguesa dedica um foco a África, tentando captar um mercado para o qual Lisboa pode ser porta de entrada. As galerias chegam de Angola e de Moçambique, mas também do Uganda ou da África do Sul, para falar de racismo, de colonialismo e da identidade de corpos que não querem ser pretos nem brancos.

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O stand da galeria angolana This Is Not a White Cube, com obras dos artistas Patrick Bongoy e Januário Jano RUI GAUDÊNCIO
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Cabe à angolana Paula Nascimento, a única curadora africana que até hoje conseguiu arrebatar um Leão de Ouro na Bienal de Arte de Veneza para o continente, organizar a nova secção dedicada a África na ARCOlisboa, a mais importante feira de arte contemporânea nacional, que junta 71 galerias de 17 países na Cordoaria Nacional até domingo. O prémio máximo atribuído há seis anos em Veneza a Angola é considerado um momento-chave do crescendo de visibilidade da arte africana, considerou um estudo feito pela empresa Artprice, tendo pesado muito na escolha de Paula Nascimento como curadora do programa África em Foco da feira portuguesa. “O interesse pela arte africana é algo que está a crescer juntos dos curadores, dos coleccionadores e das instituições culturais. O que nós fazemos é levar isso até ao mercado”, reconheceu ao PÚBLICO a espanhola Maribel López, que se estreia na direcção da feira de Lisboa, inaugurada ao final da tarde desta quarta-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, que ali garantiu que 2019 “vai ser mesmo o ano em que o Estado vai voltar a adquirir arte contemporânea”, através do fundo de 300 mil euros prometido no ano passado.

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