Antram diz que sindicato aceitou baixar proposta de salário-base para 700 euros

Na segunda ronda de negociações entre Antram e Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas houve propostas que aproximaram as duas estruturas e permitiram chegar a um pré-acordo. Solução definitiva deve ser acordada até ao fim do mês.

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Pedro Polónio, vice presidente da ANTRAM LUSA/ANTóNIO PEDRO SANTOS

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) diz que o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) levou para a segunda ronda negocial, que se realizou terça-feira à noite no Ministério das Infra-estruturas e Habitação, uma contraproposta salarial completamente diferente, deixando cair os 1200 euros de salário-base exigido inicialmente, para aceitar pouco mais de metade: 700 euros. 

“Após a rejeição expressa pela Antram da proposta apresentada pelo SNMMP na primeira reunião, e que consistia num salário-base de 1200 euros e na consagração da categoria profissional específica para motoristas de mercadorias perigosas, aquele sindicato, numa clara mudança de postura, a que não foram alheios os argumentos da Antram apresentados ao longo dos últimos contactos, apresentou uma nova contraproposta negocial”, diz a associação em comunicado, acrescentando que ela assenta, agora, “num salário-base de 700 euros com efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2020”.

A Antram esclarece ainda que se mantêm, em termos gerais, os termos do actual Contrato Colectivo de Trabalho (que foi fechado em Setembro com a federação do sector), “ainda que reforçando, em sede de seguros, exames de saúde e subsídio diário adicional a criar, a protecção dos trabalhadores afectos ao transporte de mercadorias perigosas em cisterna”.

Ficou acordado na reunião que a associação vai agora apresentar a proposta negocial aos seus associados para “colher contributos, proceder à sua análise e assim estar em condições de dar uma resposta ao sindicato até ao final do mês de Maio”. 

A Antram já tinha manifestado que todas as negociações em que participasse teriam por base o actual contrato colectivo de trabalho firmado com a Fectrans. Antes de ser sindicato, o SNMMP era uma associação que não se reviu nestas conversações, e optou por não assinar com a federação, mas antes constituir um novo sindicato.

À saída da reunião, o vice-presidente desta estrutura, Pedro Pardal Henriques, disse que os valores em cima da mesa estavam muito próximos do valor que era pedido, e foi Pedro Polónio, vice-presidente da Antram, que disse que os valores estavam muito longe dos 1200 euros inicialmente pedidos. O SNMMP preferiu sublinhar que no pré-acordo ali negociado também estavam valores iniciais em algumas rubricas que começam nos 1400 euros a 1 de Janeiro de 2020, como o PÚBLICO noticiou. 

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