“Em apenas três minutos, um confronto nuclear pode levar pelos ares Índia e Paquistão”

O antigo embaixador paquistanês, Riaz Khokhar, preocupa-se com o crescimento do nacionalismo hindu na Índia e defende que a comunidade internacional tem de agir para que a Caxemira vá a votos.

Foto
Riaz Khokhar serviu em Moscovo e Lisboa e foi ministro dos Negócios Estrangeiros no Paquistão Reuters

O paquistanês Riaz Khokhar serviu em Moscovo e Lisboa, poucos anos depois da Revolução dos Cravos, mas foi nos Estados Unidos, Índia, China e Bangladesh que ocupou os postos mais relevantes antes de chegar a ministro dos Negócios Estrangeiros entre 2002 e 2005, no governo do Presidente Pervez Musharraf. Conheceu líderes mundiais do Ocidente e do Oriente: Mao Tsé Tung, Bill Clinton, George W. Bush, Indira Gandhi, Vladimir Putin, Deng Xiaoping... Era embaixador em Washington, em 1998, quando o Paquistão conduziu os testes nucleares e foi ele quem liderou a retomada de negociações com a Índia em 2004. Reformou-se mas ainda é uma das vozes mais activas e respeitadas no Paquistão e no estrangeiro. Conversou com o PÚBLICO em Islamabad, três semanas depois do incidente na fronteira da Caxemira, entre o Paquistão e a Índia em que, pela primeira vez, dois países com arsenais nucleares se confrontaram. Preocupa-se com o crescimento do nacionalismo hindu na Índia, mostra absoluta convicção de que a comunidade internacional tem de agir para que a Caxemira vá a votos e os dois inimigos, Paquistão e Índia, não entrem num confronto nuclear sem vencedores e com consequências drásticas para todos.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 1 comentários