Presidente do Sri Lanka proíbe uso de roupa que tape o rosto

A proibição, que entra em vigor na segunda-feira, estende-se às burkas e aos niqab, peças de vestuário usadas pelas mulheres muçulmanas

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Thomas Peter/REUTERS

O Presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, proibiu este domingo o uso de qualquer peça de roupa que tape o rosto, após os atentados de há uma semana que mataram 253 pessoas, incluindo um português.

A proibição, que entra em vigor na segunda-feira, estende-se às burkas e aos niqab, peças de vestuário usadas pelas mulheres muçulmanas. A norma é aplicada quando o país está em estado de emergência devido aos ataques cometidos no domingo de Páscoa por pelo menos nove suicidas contra três hotéis de luxo e três igrejas cristãs. Desde então, a polícia tem feito uma série de rusgas a vários bairros, habitados sobretudo por muçulmanos.

Também neste domingo, o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, anunciou que “a maioria dos islamitas radicais ligados aos atentados suicidas da Páscoa foi detido". Alguns estão mortos, adiantou, referindo: “Agora estamos prontos para voltar à normalidade”.

Entre os cerca de 150 detidos, por suposto envolvimento nos atentados reivindicados pelo grupo extremista Daesh, estão a mulher e a filha de Mohamed Zahran, o alegado organizador dos ataques.

As duas mulheres sobreviveram a uma explosão provocada por um suicida, que se imolou durante uma rusga das forças de segurança a uma das casas dos terroristas. 

O primeiro-ministro confirmou que potenciais suicidas se mataram na sexta-feira no leste do país quando foram confrontados pelas forças de segurança.

No total morreram 15 pessoas naquele confronto num refúgio dos terroristas, durante o qual três suicidas se fizeram explodir.

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